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Palmeiras em ‘versão econômica’ testa novo planejamento para a Libertadores

Na quinta participação consecutiva no torneio, o clube traz entre os inscritos a menor quantidade de novos jogadores dos últimos anos


Por Estadão Conteúdo Publicado 03/03/2020
Foto: Cesar Greco/Agência Palmeiras

Menos reforços, porém, com investimentos mais certeiros. O Palmeiras pregou esse lema durante a última janela de contratações e vai colocar em prática esse discurso a partir desta quarta-feira (4), quando estreia na fase de grupos da Copa Libertadores diante do Tigre, na Argentina. Na quinta participação consecutiva no torneio, o clube traz entre os inscritos a menor quantidade de novos jogadores dos últimos anos.

Para 2020, a relação dos 30 nomes relacionados possui apenas dois atletas contratados neste início de ano: o lateral-esquerdo Viña e o atacante Rony. Por outro lado, nos anos anteriores, o Palmeiras incluiu na lista para a fase de grupos do torneio um número bem maior de novidades trazidas para reforçar o elenco na virada do ano. A equipe chegou a contar na temporada passada com seis caras novas. O recorde foi em 2017: nove contratados.

A diferença na quantidade de reforços inscritos na fase de grupos da Libertadores não se traduz em uma queda tão grande em termos de gastos. O Palmeiras investiu até agora R$ 44,5 milhões em contratações, ante R$ 61,4 milhões para o início de 2019. A diferença é de 28%. Também nos outros dois anos anteriores, 2017 e 2018, a diretoria investiu mais de R$ 50 milhões para se reforçar.

A postura mais comedida para buscar contratações foi uma decisão tomada pela cúpula palmeirense ainda no fim do ano passado. O presidente Mauricio Galiotte e o novo diretor de futebol, Anderson Barros, afirmaram que era necessário deixar de lado a estratégia de comprar pacotes de jogadores para investir somente em reforços que seriam utilizados em posições carentes do elenco.

“Com o elenco que temos e a chegada dessas peças pontuais, poderemos competir de igual para igual, como fizemos nos últimos anos. O Palmeiras sempre foi uma referência e continuará sendo. Esse é o nosso caminho”, afirmou Barros.

O principal contraponto dessa nova postura do Palmeiras está com a janela no ano passado, quando o clube investiu em jogadores que nunca se foram titulares, casos de Carlos Eduardo, Felipe Pires, Arthur Cabral e Matheus Fernandes. Todos esses não estão mais no clube.

Outra grande mudança para a participação do Palmeiras na Libertadores de 2020 foi a inclusão de jovens revelados nas categorias de base. Dos 30 inscritos, sete são garotos formados no próprio Palmeiras, casos de Gabriel Veron, Patrick de Paula e Gabriel Menino. Nos anteriores, esse espaço dado às revelações foi bem menor.

“Falamos no início do ano que o Palmeiras iria usar a base e está usando. Falamos que alguns jogadores iriam sair e saíram e que faríamos algumas contratações pontuais, e estamos fazendo”, afirmou o presidente do Palmeiras.

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