Trabalho fará Zico ver final da Libertadores de pijama no Japão
Flamengo decide a Libertadores contra o River Plate neste sábado (23) apoiado por milhares de torcedores em Lima, no Peru
O Flamengo decide a Libertadores contra o River Plate neste sábado (23) apoiado por milhares de torcedores em Lima, no Peru. O maior nome da história do clube, no entanto, não estará presente no estádio Monumental para ajudar a empurrar o time.
De volta ao Japão, onde trabalha como diretor técnico do Kashima Antlers, Zico, 66, assistirá a essa partida histórica de pijama, em sua casa. “O jogo é às 5h da manhã aqui. Eu ia ver onde, no bar? Tenho que ver sozinho mesmo”, disse o ex-camisa 10 da Gávea à reportagem.
A três rodadas do término do Campeonato Japonês, o Kashima Antlers ocupa o terceiro lugar na tabela e também no sábado encara o Sanfrecce Hiroshima como visitante. Para conseguir assistir ao Flamengo pela televisão, Zico precisará correr. “Devo chegar em casa por volta da meia-noite. Daí coloco o relógio para despertar uns 10 minutos antes de a partida começar e vou ver o jogo deitado no quarto, relaxado, de pijama. Torcida é claro que vai ter, mas gosto de ver tudo com tranquilidade”, afirmou o ex-jogador.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de adiar seu retorno ao Japão para ver a partida em Lima, Zico colocou seu compromisso de trabalho como prioridade. “Tenho contato profissional com o Kashima e não ficaria bem fazer isso.”
Ele esteve recentemente no Brasil, onde passou uma semana com seus familiares. No período, assistiu à goleada de 5 a 0 que o Flamengo aplicou no Grêmio de Renato Gaúcho pela semifinal da Libertadores.
Zico elogiou todo o elenco rubro-negro, mas um nome, em especial, atrai a atenção do ídolo: o meia uruguaio Arrascaeta.
“Ele é muito bom de bola. Gosto de jogador inteligente, e o Arrascaeta tem um toque refinado e muita técnica. E outra coisa, é um cara que joga para o time. Ele faz a diferença”, disse.
Nessa passagem pelo Rio de Janeiro, Zico visitou a Gávea e por acaso encontrou o treinador português Jorge Jesus, que já conhecia. Há três anos, o brasileiro esteve em Portugal para receber uma homenagem do Sporting, time de coração do seu pai, português. “O Jorge Jesus estava trabalhando lá naquela época e nos encontramos. Ele é uma grande pessoa. Quando trabalhei como treinador na Europa, pude ver o seu trabalho, que era muito bom. O Flamengo hoje joga um futebol que dá gosto de ver”, elogiou.
Exímio cobrador de faltas, Zico lamentou a ausência de bons jogadores em lances de bola parada atualmente no futebol brasileiro. “Não é só no Flamengo, mas no Brasil todo. Até mesmo no exterior. É uma pena, porque hoje a quantidade de faltas numa partida é muito grande”, afirmou o ex-jogador.
No jogo do título da Libertadores de 1981, foi numa cobrança de falta na entrada da área que Zico definiu a vitória de 2 a 0 sobre o Cobreloa, em Montevidéu.
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