Santos comemora fim de metodologia ‘sparring’ de Sampaoli
O treinador argentino costumava dar a mesma atividade para titulares e reservas, utilizando os dois campos do CT Rei Pelé
Se o Santos era só elogios para as ideias de jogo e o desempenho da equipe do ex-técnico Jorge Sampaoli, uma outra metodologia do argentino incomodava o clube: os sparrings, jogadores da base utilizados no treino do profissional. A diretoria santista não via muitos ganhos para os jovens, ao mesmo tempo que o modelo atrapalhava os treinos das categorias em si.
Assim, é claro, o time não irá manter o método sparrings após a saída do argentino. A partir de agora, somente atletas que de fato interessarem para a comissão técnica do português Jesualdo Ferreira subirão ao profissional para treinos, o restante seguirá a programação normal de sua categoria.
A intenção é melhorar o processo principalmente para os jovens. Os sparrings de Sampaoli perdiam treinos importantes antes de jogos de suas categorias, o que atrapalhava o desempenho do time nos torneios de base. Enquanto isso, no profissional, os jovens eram utilizados apenas para “mostrar o treino” ou ocupar espaços. Antes dos profissionais, os sparrings faziam a atividade e, quando os atletas chegavam ao campo, eles mostravam como precisava ser feito. Então, saíam do gramado ou ocupavam os espaços de marcação que o treino exigia.
O treinador argentino costumava dar a mesma atividade para titulares e reservas, utilizando os dois campos do CT Rei Pelé. Por isso, os reservas não eram utilizados na marcação, mas faziam o mesmo treino contra outros sparrings.
Um diretor que já não está mais no Peixe acreditava que o técnico argentino ensinava os jovens a “errar”: nas atividades, os titulares precisavam aproveitar eventuais erros do adversário, emulado nos sparrings. Apesar do grande número de observações feitas por Sampaoli por meio dos sparrings, o argentino promoveu a estreia profissional de apenas três Meninos da Vila: o zagueiro Wagner Leonardo, o volante Sandry e o atacante Tailson. Desses, só o atacante foi de fato regularmente utilizado.
Com a criação da equipe sub-23, o Santos pretende dar rodagem para jogadores que de fato tenham potencial para subirem ao profissional, fazendo da equipe um laboratório sob olhares atentos da comissão técnica de Jesualdo Ferreira.
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