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Aluna da UFPI morre após ser estuprada e ter pescoço quebrado em calourada

Segundo o documento, houve uma contusão na coluna vertebral, o que causou a lesão da medula espinhal e a morte


Por Folhapress Publicado 29/01/2023
Aluna da UFPI morre após ser estuprada e ter pescoço quebrado em calourada
Foto: Redes sociais

A estudante da Universidade Federal do Piauí Janaína da Silva Bezerra morreu neste sábado (28) após ter sido estuprada e ter tido o pescoço quebrado em uma calourada em um prédio da instituição, em Teresina. Um homem que estava com a vítima foi preso suspeito de feminicídio e estupro.


Um laudo do Instituto de Medicina Legal do Piauí apontou indícios de violência sexual e que a causa da morte foi um “trauma raquimedular [lesão na medula] por ação contundente”.


Segundo o documento, houve uma contusão na coluna vertebral, o que causou a lesão da medula espinhal e a morte.


De acordo com a médica legista, a lesão pode ter sido causada por pancada, que teria torcido ou traumatizado a coluna vertebral.


Uma das possibilidades investigadas é a ação das mãos no pescoço da vítima “com intuito de matar ou fazer asfixia, queda, luta, dentre outras possibilidades que estão sendo analisadas”.
Em depoimento à Polícia Civil, o suspeito afirmou que conhecia a vítima e que teriam “ficado” em outras ocasiões.


Segundo a polícia, ele disse ainda que ambos estavam em uma calourada na UFPI e que, por volta das 2h, teria convidado a jovem para ir a um corredor. Em seguida, foram a uma das salas de aula onde, segundo depoimento do suspeito, “praticaram sexo consensual e que após a prática sexual a vítima teria ficado desacordada”.


Ele alega que permaneceu ao lado do corpo da vítima durante a madrugada e solicitou socorro à segurança da universidade por volta das 9h, que conduziu a vítima ao Hospital da Primavera, onde foi constatada a morte.


O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Francisco Baretta, afirma se tratar de estupro.


A Polícia Civil pediu a prisão preventiva do suspeito. Segundo o DHPP, o inquérito policial será concluído em até dez dias.


FESTA NÃO TINHA AUTORIZAÇÃO, DIZ UNIVERSIDADE


A UFPI publicou uma nota em que lamentou o fato e informou que o evento não tinha autorização para ocorrer. A universidade disse, ainda, que o reitor determinou a instauração de um processo administrativo para a apuração dos fatos.


Segundo a universidade, a Coordenadoria de Segurança e Vigilância encontrou nas imediações da sede do Diretório Central dos Estudantes (DCE), a jovem desacordada. Segundo a instituição, ela foi levada por uma equipe de seguranças para o Hospital da Primavera.


“Todas as providências para colaborar com as investigações das autoridades policiais, como o isolamento da referida área do câmpus e boletim de ocorrência foram adotadas pela UFPI.”
A universidade disse ainda que está levantando todas as imagens de câmeras de segurança para a investigação.


Segundo a UFPI, a festa ocorreu “sem a autorização de qualquer autoridade da universidade, na área do DCE”.


A universidade disse ainda que “desaprova quaisquer eventos que coloquem em risco a comunidade acadêmica e preza pela segurança e bem-estar de estudantes”.

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