Deputada recebe pedido de criação de ‘cota trans’ no funcionalismo público de SP
O organizador do documento espera que a medida seja adotada primeiramente no âmbito do funcionalismo público para então servir como exemplo a empresas privadas
Um abaixo-assinado que pede a implementação da “cota trans” no funcionalismo público será entregue à deputada estadual Erica Malunguinho (PSOL) nesta quinta-feira (24) em audiência virtual com o criador da petição, Guilherme Canto. A entrega do documento acontece no mês em que acontecem celebrações do orgulho LGBTQIA+. O Dia Internacional do Orgulho LGBT é comemorado na próxima segunda-feira (28).
A petição sugere a elaboração de uma lei baseada na inclusão e equidade e usa como exemplo a Argentina. Em setembro do ano passado, o país vizinho aprovou um decreto presidencial determinando que pelo menos 1% de todos os cargos e contratos na administração pública seja destinados a travestis, transexuais e transgêneros. E expectativa é a de que Malunguinho, que é a primeira mulher transexual eleita deputada em São Paulo, elabore um projeto de lei. O organizador do documento espera que a medida seja adotada primeiramente no âmbito do funcionalismo público para então servir como exemplo a empresas privadas.
O abaixo-assinado pela “cota trans” foi criado em um contexto no qual 90% dos cidadãos transgêneros e travestis precisa recorrer à prostituição como única fonte de renda por falta de um emprego formal. Por meio da petição aberta na plataforma Change.org, o criador do projeto propõe a criação de cotas para essas pessoas em concursos públicos no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. A petição que será entregue à parlamentar já conta com mais de 30 mil apoiadores. De acordo com a plataforma, são 1.505 páginas com nomes de apoiadores do projeto. O documento foi entregue, também, por e-mail para o gabinete da deputada.
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