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Estudantes aprendem Libras para se comunicar com colega surda

No início, as crianças se comunicavam por mímicas e sinais próprios, mas os estudantes sentiram a necessidade de se envolver mais com a nova colega


Por Estadão Conteúdo Publicado 05/10/2019

Yasmim é surda e precisava se comunicar e interagir com os colegas para desenvolver e participar de atividades cotidianas no 5º ano do ensino fundamental do Colégio Marista em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

Os colegas de sala decidiram aprender a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para se comunicar com ela, que passou a integrar a turma em 2018. No início, as crianças se comunicavam por mímicas e sinais próprios, mas os estudantes sentiram a necessidade de se envolver mais com a nova colega.

Foi aí que os educadores tiveram a ideia de oferecer uma oficina de Libras no contraturno. Os alunos passaram a participar das aulas de 45 minutos fora do horário regular, uma vez por semana, até aprenderem bem a nova língua. Contaram com a ajuda da professora auxiliar, intérprete, que acompanha a aluna no período regular de aula.

“Ela nos auxiliou na preparação do material para as crianças, ministrou a oficina e promoveu a relação com aspectos importantes a serem ensinados e vivenciados na Língua Brasileira de Sinais, com o objetivo de auxiliá-los na comunicação diária com a amiga e demais pessoas que ao longo de suas vivências poderão conhecer”, conta a professora Cassandra Lemes Caldas.

A oficina deu tão certo que os alunos se transformaram em multiplicadores de Libras. “As crianças são muito dinâmicas, rápidas e extravasam seus limites quando a aprendizagem faz parte de uma necessidade do cotidiano. Percebemos que ensinam crianças de outras idades, amigos que optaram por não frequentar a oficina e a família”, relata Cassandra.

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