Professor da USP é demitido após denúncias de assédio sexual
Oito pós-graduandas, que foram orientadas por Aguiar, o acusaram de assédio sexual, segundo a Adusp (Associação de Docentes da USP)
O reitor da USP (Universidade de São Paulo), Vahan Agopyan, acatou recomendação de uma comissão da instituição e demitiu o professor Claudio Lima de Aguiar, denunciado por “reiteradas práticas de assédio sexual e moral” contra alunas.
Aguiar era coordenador do Programa de Pós-Graduação em Microbiologia, na Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), em Piracicaba. Ele foi denunciado em 2019. Desde então, uma comissão processante analisava as acusações.
Oito pós-graduandas, que foram orientadas por Aguiar, o acusaram de assédio sexual, segundo a Adusp (Associação de Docentes da USP). Ao jornal O Globo, seis alunas relataram situações de abuso físico, comentários sexistas, convites indecentes e abuso de autoridade.
A exoneração foi assinada pelo reitor no último dia 20 de dezembro, mais de dois anos após o início do processo interno. A Congregação da Esalq aprovou a demissão em novembro, por 62 votos favoráveis e três abstenções.
Em nota, a Adusp (Associação de Docentes da Universidade de São Paulo) considerou ter sido uma vitória da comunidade acadêmica a demissão de Aguiar. “Trata-se de uma mudança de mentalidade significando um sinal de superação de posturas machistas e permissivas em razão da hierarquia universitária”, diz Paulo Moruzzi Marques, diretor regional da Adusp em Piracicaba.
“É uma conquista obtida pela coragem das mulheres que levaram a denúncia adiante”, conclui.
A Folha não conseguiu contato com Aguiar.
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