Usamos cookies e outras tecnologias para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Vítimas com múltiplas fraturas são maioria em hospital improvisado em São Sebastião

Além de médicos, psicólogos atendem familiares das vítimas, que estão concentradas no local onde somente helicópteros das Forças Armadas e da Polícia Militar conseguem chegar


Por Folhapress Publicado 20/02/2023
Vítimas com múltiplas fraturas são maioria em hospital improvisado em São Sebastião
Foto: Defesa Civil de São Paulo

Após uma madrugada inteira trabalhando para levar suprimentos para atender as vítimas dos deslizamento em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, equipes de socorristas montaram um hospital de campanha na sede da ONG VerdeEscola, em Barra do Sahy, uma das áreas mais atingidas.


“Eles têm todo tipo de material para socorro lá, montamos um hospital”, disse uma das chefes do serviço de resgate, que coordena operações a partir da região central da cidade. “A maior parte das vítimas apresenta politraumas, que são múltiplas fraturas”, contou.


Além de médicos, psicólogos atendem familiares das vítimas, que estão concentradas no local onde somente helicópteros das Forças Armadas e da Polícia Militar conseguem chegar.


As chuvas históricas que atingiram cidades do litoral norte e da Baixada Santista deixaram até o momento 36 mortos e mobilizaram a Defesa Civil Estadual, a Defesa Civil Nacional e as Forças Armadas. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também estão na região para acompanhar os trabalhos.


O mar ainda revolto impede a aproximação de embarcações pequenas. A Marinha do Brasil avalia a possibilidade de levar uma Fragata para ajudar nos resgates, mas isso ainda depende das condições de desembarque.


“Até mesmo médicos estão impedidos de passar por estrada, o risco é muito grande”, comentou Angélica Oliveira, diretora do serviço terceirizado de saúde de São Sebastião.


Em frente ao heliponto da base da Marinha, um grupo de sete bombeiros se preparava para a primeira incursão da equipe ao local. Cordas, capacetes, joelheiras e pás estavam entre os acessórios.


“Não sabemos o que vamos encontrar. Estamos prontos para cavar, rastejar, fazer rapel… o que for preciso”, disse um dos homens.


Ao lado, dois caminhões do IML (Instituto Médico Legal) aguardavam corpos. Entre a madrugada e o início da manhã desta segunda-feira (20), 28 foram retirados do local da tragédia, segundo Reinaldo Boarim, secretário de segurança de São Sebastião.

✅ Curtiu e quer receber mais notícias no seu celular? Clique aqui e siga o Canal eLimeira Notícias no WhatsApp.