Bienal do Livro de SP tem um dos maiores públicos em edição pós-pandêmica
Ao todo, 660 mil pessoas passaram pelo Expo Center Norte, na zona norte da capital paulista, ao longo de nove dias
Depois de uma pausa de quatro anos, em parte por causa da pandemia de Covid-19, a Bienal do Livro voltou a São Paulo batendo recordes. A 26ª edição do evento, encerrado neste domingo (10) superou as expectativas de vendas e de público.
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Ao todo, 660 mil pessoas passaram pelo Expo Center Norte, na zona norte da capital paulista, ao longo de nove dias. A última edição, em 2018, teve um dia a mais e recebeu 663 mil visitantes no Pavilhão do Anhembi. Os últimos ingressos esgotaram na sexta-feira, dia 8, mas pessoas sem entradas ainda formavam filas em frente aos portões no último final de semana.
A feira literária reuniu 182 expositores em uma área de 11 mil metros quadrados. As editoras apontam um aumento nas vendas e no faturamento desta edição, em comparação à última. Muitas delas tiveram seu melhor desempenho da história nas bienais do livro. O gasto do público
A Rocco, casa de Thalita Rebouças e J.K. Rowling, fechou as vendas com o seu melhor resultado na Bienal do Livro, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro –a editora deve encerrar com 185% de faturamento acima da última edição.
Nos cinco primeiros dias, a Rocco já tinha superado os números de 2018. Lideraram as compras “Rádio Silêncio”, de Alice Oseman, uma das autoras que virou sensação no evento, “Mulheres que Correm com Lobos”, de Clarissa Pinkola Éstes, e o box da saga “Harry Potter”.
A Intrínseca também teve seu melhor desempenho desde que começou a participar das bienais do livro. Segundo a editora, houve um aumento de 150% no faturamento e 45% na quantidade de livros vendidos –foram 58 mil títulos comercializados– em comparação à última edição.
Entre eles, a procura foi maior por livros de true crime, como “Morus Operandi”, e de suspense. Obras que fizeram sucesso no TikTok também ajudaram a impulsionar a venda no estande, casos de “Os Dois Morrem no Final”, de Adam Silvera, e “Amor e Gelato”, de Jenna Evans Welch, que ganhou uma adaptação recente da Netflix.
Os resultados da Todavia, em sua segunda participação no evento, também foram acima do esperado. No balanço final, 5.000 livros foram vendidos –à frente da lista estava “Torto Arado”, de Itamar Vieira Junior, seguido de outro título do escritor e colunista da Folha, “Doramar ou a Odisseia”.
Casa de autores nacionais, como Manuel Bandeira e Cecília Meireles, a Global teve o dobro de vendas em relação à última edição. Lideraram a procura títulos do poeta Sergio Vaz, que participou de debate no local.
No estande das Edições Sesc, o aumento foi de 40% nas vendas em relação à última edição. As editoras Girassol e Callis, especializadas em livros infantis, também cresceram 40% em relação à edição anterior.
Os números surpreenderam o setor e indicam uma demanda represada por esse tipo de evento, por conta da pandemia. No saldo final, em média sete livros foram adquiridos por pessoa.
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