Brasileiro recebe média de 45 ligações indesejadas por mês, diz relatório
Ligações de operadoras de telecomunicações e de provedores de internet subiram de 32% para 48% em 12 meses, representando a maior parte do problema no país
O Brasil é o país mais afetado por ligações indesejadas, o spam telefônico, de acordo com relatório divulgado nesta quarta-feira (4) pela Truecaller, empresa sueca que oferece serviço de bloqueio para chamadas não identificadas.
O levantamento verificou que cada cidadão recebe uma média de 45,6 ligações por mês. No ano passado, o registro era de 37,5. O resultado considerou a análise de 116 bilhões de chamadas não identificadas pelo aplicativo.
O país ficou em quarto lugar no spam por SMS, com média de 87 mensagens por pessoa por mês.
“Em nossa terceira edição, vemos uma mudança significativa nos países mais afetados, e fica claro que o problema não está diminuindo”, diz a empresa.
As ligações de operadoras de telecomunicações e de provedores de internet subiram de 32% para 48% em 12 meses, representando a maior parte do problema no país. A comunicação é feita para vender planos com descontos especiais e outros serviços.
Serviços financeiros, scam (fraude) e telemarketing respondem por 13%, 26% e 13% dos registros, respectivamente. As fraudes subiram de 1% em 2017 para 26% neste ano.
Peru, Indonésia, México e Índia vêm depois do Brasil na lista, com médias de 30 a 25 ligações por mês. Em oitavo lugar, os Estados Unidos têm média de 18 registros de spam por pessoa.
Os dados da Truecaller são agregados, anonimizados e identificados a partir de chamadas marcadas como spam pelos usuários do aplicativo, que tem cerca de 150 milhões de usuários ativos ao dia e foi baixado em 500 milhões de celulares.
Em julho, a Anatel colocou no ar um serviço não perturbe a consumidores que não queiram ser importunados por operadoras. O site foi criado pelas empresas atendendo a uma determinação da agência.
É possível solicitar o bloqueio de chamadas na página nãomeperturbe.com.br. A empresa que desrespeitar a lista pode ser multada em até R$ 50 milhões.
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