Busca de brasileiros por intercâmbio aumenta mais de 20% no último ano
Os cursos de idiomas seguem em primeiro lugar entre a preferência desses intercambistas
Segundo estudo realizado pela Brazilian Educational & Language Travel Association (Belta), o número total de brasileiros fazendo intercâmbio cresceu 20,46% no ano passado em relação a 2017. Foram 365 mil pessoas embarcando para experiências de estudo e trabalho no exterior, majoritariamente para países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Irlanda, Austrália e Malta
Os cursos de idiomas seguem em primeiro lugar entre a preferência desses intercambistas, seguidos pelos cursos de idiomas com trabalho temporário e pelos cursos de férias para adolescentes. Na quarta posição aparecem os cursos de graduação e em quinto lugar os programas de High School, onde estudantes brasileiros fazem parte dos seus estudos do Ensino Médio em uma instituição estrangeira.
Dentro desse contexto de expansão a busca por oportunidades internacionais com bolsas também cresceu, principalmente nos cursos de graduação e pós. E segundo o internacionalista e fundador da Universidade do Intercâmbio, Matheus Tomoto, essa é uma tendência que deve se manter nos próximos anos. “A alta oferta de bolsas de estudos em instituições estrangeiras não é um fenômeno recente. No entanto, só agora as pessoas estão começando a ter mais acesso a essas informações por conta da popularização da internet”, explica.
Uma dessas pessoas é a estudante de Relações Internacionais Gabrielle Hayashi, 20, que passou o segundo semestre de 2018 na King’s University College no Canadá com todas as despesas pagas. “O processo de seleção foi extremamente concorrido e exigiu documentos como carta de motivação, carta de recomendação, exame de proficiência em inglês e histórico escolar, entre outras coisas”, detalha.
Para ela todo a fase exaustiva de seleção valeu a pena assim que chegou no Canadá. “Sendo estudante de Relações Internacionais, ter a oportunidade de fazer parte da minha graduação em outro país vai totalmente de encontro aos propósitos da carreira que eu quero seguir. E poder fazer isso com apoio financeiro externo é uma experiência muito gratificante”, comemora.
Matheus Tomoto ainda afirma que é preciso investir mais na capacitação dos futuros candidatos para que eles consigam um bom desempenho na busca por essas oportunidades mundo afora. “Cada bolsa tem as suas exigências específicas e quanto maior o grau acadêmico delas mais preparados devem estar os candidatos. Saber falar outro idioma, por exemplo, é um requisito indispensável para os que buscam uma graduação ou pós lá fora”, conclui.
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