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Cão farejador Barney, que atuou em Brumadinho, será cremado hoje

Animal se afogou na última sexta-feira, durante buscas a um idoso de 60 anos que estava desaparecido em um rio


Por Estadão Conteúdo Publicado 06/05/2019

O cão farejador Barney, do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, será cremado nesta segunda-feira (6). O corpo do labrador será encaminhado a um crematório especializado em animais em São José. Ele havia sido encontrado no final da manhã de domingo boiando em um rio em Sangão após ter se afogado quando atuava nas buscas de um idoso, de 60 anos, em um rio em Içara na noite de sexta-feira.

Ele tinha 2 anos e atuava em resgates na terra e na água. Em fevereiro, participou de resgates de vítimas do rompimento da barragem de Brumadinho (MG).

Ao farejar a possível vítima, o labrador submergiu na água e não retornou à superfície. Barney foi um dos cães que participaram em fevereiro deste ano das operações de resgate após o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, em Minas Gerais, em 25 de janeiro deste ano. O cão tinha como tutor e parceiro o soldado Luciano Rangel, do 5º Batalhão de Bombeiros Militar de SC, lotado em Lages, que está recebendo apoio psicológico.

 

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“Será feita uma última homenagem ao nosso cão de busca e resgate, HERÓI, falecido em serviço. #cbmsc #luto”, manifestou-se o CBMSC em nova nota oficial nas redes sociais. “Para o cão, realizar uma busca é uma brincadeira. Ele aprende, treina, brincando. É cuidado diariamente, ele inclusive dorme e fica com o seu tutor bombeiro militar na sua casa. O cão não nada atrás de ninguém, ele indicou o local de uma vítima e caiu na água pois estava com vontade de brincar. Tombou em serviço, como outros bombeiros militares, exercendo a profissão. Uma perda enorme para a corporação, que ama e cuida muito dos animais”, lembrou a corporação em outra postagem.

Houve esclarecimento de que Barney não foi colocado para mergulhar apesar de saber nadar. Em uma reação imprevista, ele provavelmente sentiu o cheiro da vítima e acabou caindo na água. A correnteza o arrastou para baixo. O bombeiro militar Luciano Rangel teve até ser contido pelos colegas para não pular na água e ir atrás do animal.

Os bombeiros militares lembraram que é inadmissível os maus tratos aos animais e por isso não são colocados à exaustão. “São os cachorros que conduzem o ritmo da busca, e não ao contrário. E todos treinamentos são baseados em brincadeiras, portanto garanto que o Barney era muito mais feliz”, escreveu um dos integrantes do CBMSC nas redes sociais.

As informações são do jornal Correio do Povo.

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