Chuva e furtos de celular são hits na Faria Lima, em SP
Chuva e furtos de celular são hits na Faria Lima.
Sob nuvens carregadas, o desfile do bloco Sargento Pimenta, na avenida Brigadeiro Faria Lima, zona oeste de São Paulo, começou pouco depois das 12h.
Uma multidão, majoritariamente formada por millennials que abusavam da cor, brilho e estampas animalescas enquanto esboçavam coreografias ao som do repertório dos britânicos Beatles, o acompanhava.
“Existe uma dança para afastar chuva?”, perguntava o empresário Pedro Prado, 41.
Não teve jeito. Poucos minutos depois, um temporal obrigou foliões a se abrigarem onde puderam. Sob árvores, food trucks ou guarda-sóis que acompanhavam carrinhos para venda de bebidas.
Cerca de dez minutos depois, tudo já havia acabado.
Encharcadas, as pessoas voltaram a cantar, dançar e, sempre que surgia uma oportunidade, se beijar.
Por volta das 13h20, subiu ao palco a cantora Ana Cañas, que prosseguiu cantando Beatles.
Apesar da estrondosa adesão à trilha sonora, foram os furtos de celular o maior hit do bloco.
A maioria dos relatos é de celulares desaparecendo dos bolsos de calças e bermudas, mas também há reclamações de pochetes abertas.
Questionada a respeito dos furtos, a PM afirmou que foi acionada para duas ocorrências em um bloco na avenida Faria Lima na tarde deste sábado. “Prontamente, equipes começaram as buscas para localizar os suspeitos”, completa.
A corporação ainda afirmou que, toda via, posteriormente, prendeu um dos furtadores de celulares na rua Henrique Schaumann, região onde o bloco ocorreu.
Um dos casos de crimes ouvidos pela reportagem foi da funcionária pública Carla Gomes, 36. Ela diz que, durante tumulto para se proteger da chuva, foi segurada por dois homens que teriam levado seu aparelho celular e cartão de crédito.
Ela tentou, pois, pedir auxilio aos policiais presentes, mas eles responderam ser difícil localizar os responsáveis em meio aos milhares de carnavalescos. Carla comprou duas latinhas de cerveja e afirmou que esqueceria de tudo bebendo.
Ao menos dez queixas foram feitas à reportagem, como a de Laura Dantas, 23, que aguardava na quilométrica fila do banheiro químico.
“Pegaram do meu bolso. Contudo, com tanta polícia aqui é ainda mais revoltante”, disse Laura.
Três viaturas da polícia, pois, e mais de 20 agentes guardavam o local.
A Secretaria da Segurança Pública, por sua vez, reiterou a importância de realizar o boletim de ocorrência para realizar o mapeamento dos locais onde crimes aconteceram. A pasta ainda chamou atenção para a operação especial voltada a segurança durante o Carnaval.
“O patrulhamento, em suma, foi intensificado com cinco mil viaturas, além de 518 cavalos, 283 cães, 24 aeronaves e 168 drones”, afirma trecho da nota.
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