Dia Mundial do Café é celebrado com alta no preço da bebida
Consumidores sentem no bolso o impacto da valorização do grão
Celebrado nesta segunda-feira (14), o Dia Mundial do Café destaca a importância de uma das bebidas mais queridas do planeta. No Brasil, líder na produção e exportação do grão, a data vem acompanhada de um cenário duplo: de um lado, a consolidação do café como símbolo nacional de identidade e tradição; do outro, a alta nos preços, que tem gerado preocupação entre produtores, comerciantes e consumidores.
Segundo levantamento recente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o preço do café no varejo teve uma elevação média de 12% no primeiro trimestre de 2025. A alta é resultado de uma combinação de fatores: clima irregular em algumas regiões produtoras, aumento da demanda internacional e valorização do grão no mercado externo.
“O café brasileiro continua sendo referência no mundo todo, mas estamos enfrentando uma pressão nos custos de produção, além de oscilação nos estoques globais. Isso impacta diretamente o preço final ao consumidor”, explica João Mendes, analista de mercado agrícola.
Apesar da alta, o consumo segue em alta. O brasileiro continua fiel ao cafezinho: dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) apontam que mais de 90% dos lares consomem café diariamente. Ao mesmo tempo, cresce o interesse por cafés especiais, métodos artesanais e experiências mais sofisticadas.
Para os produtores, o momento é de atenção e cautela. Muitos têm buscado alternativas para manter a competitividade, como o investimento em tecnologia, práticas sustentáveis e diferenciação no mercado.
“A valorização pode parecer benéfica para o produtor, mas ela vem acompanhada de incertezas. Precisamos garantir qualidade, regularidade e, principalmente, acesso ao mercado”, afirma Mariana Rocha, cafeicultora do sul de Minas Gerais.
Neste 14 de abril, entre aroma, tradição e análise de mercado, o Brasil reafirma sua paixão pelo café — mesmo que a xícara esteja custando um pouco mais.
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