Nardoni passa primeira noite fora da cela no semiaberto em Taubaté
Um laudo criminológico emitido no ano passado considerou que ele está apto para o regime semiaberto
A mudança aconteceu dois dias após a concessão da progressão de regime pela juíza Sueli Zeraik, da 1ª Vara das Execuções Criminais. Nardoni deixou sua cela na ala do regime fechado e foi levado para as dependências mais amplas do semiaberto na mesma penitenciária. O detento passou a noite em um beliche, no alojamento coletivo, com outros 139 presos do semiaberto.
Além de poder trabalhar fora da prisão, Nardoni também poderá ser beneficiado com saídas temporárias para ficar com a família. No semiaberto, se o detento cumprir todas as exigências previstas na lei de execuções penais, ele pode passar 35 dias por ano fora da prisão. Nardoni, no entanto, precisa cumprir o processo de adaptação de 30 dias até ter direito ao benefício. Assim, ele só deve deixar a prisão no Dia dos Pais, em agosto. Sua mulher, Anna Carolina Jatobá, condenada pelo mesmo crime, já é beneficiária das saídas temporárias desde 2017 e, no próximo dia 7, sai da prisão para passar em casa o Dia das Mães.
Para trabalhar fora da prisão, Nardoni precisa conseguir um emprego para ser autorizado a sair durante o dia, retornando à penitenciária à noite. É mais provável que, após uma semana de treinamento, ele assuma algumas funções internas do semiaberto, como o trabalho na cozinha, em manutenção das instalações, ou na horta que fornece verduras e legumes para as penitenciárias da região. O trabalho interno também propicia ao detento a remição – desconto no tempo de cumprimento da pena.
Alexandre Nardoni está preso há 11 anos em Tremembé. Um laudo criminológico emitido no ano passado considerou que ele está apto para o regime semiaberto, mas o Ministério Público anunciou que entrará com recurso contra a progressão de regime. Ele e Anna Carolina Jatobá foram condenados pela morte de Isabella Nardoni, quando esta tinha 5 anos. A menina era filha dele e enteada de Anna. Ela morreu em 29 de março de 2008, após ser jogada do 6º andar do prédio onde morava, em São Paulo, mas tanto Alexandre quanto a mulher alegam inocência.
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