No 1º dia de bloqueios, isolamento não sobe em SP; taxa fica em 48%
Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo afirma que seria preciso um índice de ao menos 70% para evitar a superlotação das unidades de terapia intensiva
Os bloqueios viários determinados segunda-feira (4) pela Companhia de Engenharia de Tráfego em São Paulo não fizeram com que os paulistanos permanecessem em casa. Dados do governo do Estado, divulgados na terça-feira (5), apontaram que a taxa de isolamento social na capital ficou em 48%, mesmo índice observado na segunda, terça e quarta-feira da semana passada.
No Estado, o índice de isolamento social na segunda-feira foi ainda menor, 47%. O Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo afirma que seria preciso um índice de ao menos 70% para evitar a superlotação das unidades de terapia intensiva (UTIs), que na Grande São Paulo já estão com a lotação próxima dos 90%.
“Não é possível trabalhar com este número”, disse o infectologista David Uip, coordenador do centro. “Nós teremos sérios problemas no espaço de um mês”, disse, ao citar que os índices só chegam à marca de 50% nos fins de semana. “Este índice é inaceitável. As pessoas continuam a não acreditar no vírus.”
Os bloqueios foram pensados para propositalmente criar um desconforto ao motorista, que diante do trânsito pode optar por ficar em casa.
Na segunda, os bloqueios ainda tiveram uma faixa liberada. Ontem, foram totais, com liberação apenas para o transporte coletivo, para ambulâncias e veículos de profissionais da saúde.
“A Avenida Moreira Guimarães apresentou, durante a execução do bloqueio, 2,2 quilômetros de congestionamento; a Avenida Santos Dumont, 1 km; a Av. Radial Leste, 1,8 km; e a Av. Francisco Morato, 400 metros”, de acordo com nota da CET. Nesta terça, a CET instalou mais três pontos de bloqueio, nas Avenidas Engenheiro Armando de Arruda Pereira, Santa Catarina e na Peri Ronchetti.
BALANÇO
Os dados divulgados pelo Estado na terça apontam um total de 34.053 infectados, mais 1.866 em 24 horas. Além disso, houve mais 197 mortes, e o total chega a 2.851 óbitos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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