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Número de animais atropelados em estradas paulistas cai 32,6%, informa Artesp

Nos primeiros seis meses de 2019, foram 7.679 atropelamentos, ante 11.388 ocorrências no primeiro semestre do ano anterior. Animais domésticos representam 64% das ocorrências e os silvestres, 36%.


Por Estadão Conteúdo Publicado 04/10/2019
Divulgação
O número de acidentes envolvendo animais, domésticos e silvestres nos 8,4 mil quilômetros de rodovias do Estado de São Paulo diminuiu 32,6% no primeiro semestre deste ano, ante o mesmo período de 2018. Isso é o que mostra um levantamento da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Nos primeiros seis meses de 2019, foram 7.679 atropelamentos, ante 11.388 ocorrências no primeiro semestre do ano anterior. Animais domésticos representam 64% das ocorrências e os silvestres, 36%.

Perto das áreas urbanas, ocorrências com cães estão entre as mais comuns e nas zonas rurais, cavalos e bovinos. Nas regiões de mata, as vítimas mais recorrentes são os silvestres, sendo que os locais onde há maior incidência estão sinalizados para que o motorista redobre a atenção.

Segundo as concessionárias, animais resgatados com vida recebem cuidados veterinários e são, depois, encaminhado para entidades de proteção ou reintegração ao meio ambiente. A Artesp não informa o número de animais resgatados com vida.

“Estamos conseguindo evoluir nos compromissos para reduzir os impactos das rodovias sobre a fauna silvestre. No recém-anunciado lote (de concessões) Piracicaba-Panorama, por exemplo, a concessionária deverá identificar ‘hot spots’ (áreas com grande biodiversidade) com risco de atropelamento de fauna silvestre e apresentar medidas para reduzir os acidentes”, afirma Giovanni Pengue Filho, diretor geral da Artesp.

Contribuíram para a redução do número de mortes, segundo a Artesp, o monitoramento das pistas por câmeras e a instalação de telas ao longo de trechos das rodovias, além da construção de passagens de fauna para os animais silvestres atravessarem sem cruzar diretamente a pista.

A concessionária Auto Raposo Tavares (Cart), por exemplo, instalou túneis de fauna para a travessia segura de animais, como onças e tamanduás, e com monitoramento constante por câmeras. Ela apresenta ainda a exposição ‘Rastros de Fauna’ em escolas e instituições de ensino para incentivar a prática da conscientização ambiental.

Crime ambiental

Além do risco de acidente e de provocar sofrimento aos animais, o abandono e os maus-tratos de animais são considerados crime. A pena prevista pelo artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais é de detenção de três meses a um ano e aplicação de multa.

“Há casos de abandono de animais na beira da via, mas parte da presença de animais na pista é potencializada pelo lixo e restos de comida que alguns motoristas e a população do entorno jogam na rodovia. Por isso, é importante fazer o alerta para que não joguem lixo na estrada. Além disso, o monitoramento e a rápida atuação da equipe de resgate são fundamentais para preservar a integridade do animal e do motorista que trafega pelo trecho”, explica Alessandro Chioatto, gerente de Meio Ambiente da concessionária SPMar.

Saiba como evitar acidentes com animais nas estradas

1) Reduzir a velocidade do veículo;

2) Nunca buzinar, para não assustar o animal;

3) Não piscar os faróis ou jogar luz sobre o animal;

4) Fechar os vidros do veículo ao passar perto de animais de grande porte;

5) Se for necessário ultrapassar, siga por trás dos bichos;

6) Depois de ultrapassar os bichos, sinalizar para os motoristas que vêm em direção oposta sobre o perigo, piscando os faróis. Piscar três vezes o farol e posicionar a mão para baixo com quatro dedos abertos indica a presença de animais na pista;

7) Ao parar o veículo, ligar e comunicar o fato para o 0800 da concessionária responsável pela rodovia ou para a Polícia Militar Rodoviária.

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