Pesquisadores desenvolvem dispositivo que ajuda cegos a detectar obstáculos

Sistema integrado a uma mochila é munido de câmera e sinalizadores táteis que, por meio de vibração, alertam para a presença de objetos acima da linha da cintura


Por Redação Educadora Publicado 13/04/2025
Pesquisadores desenvolvem dispositivo que ajuda cegos a detectar obstáculos

Pesquisadores das universidades Estadual Paulista (Unesp) e Federal do Espírito Santo (Ufes) desenvolveram um dispositivo vestível para auxiliar na locomoção de pessoas com deficiência visual.

A tecnologia conta com sinalizadores táteis capazes de alertar para a presença de obstáculos, garantindo aos usuários maior autonomia e segurança nas caminhadas.

O sistema, integrado a uma mochila, é composto por uma câmera com sensor RGB de profundidade – que captura imagens de forma muito semelhante à experiência visual humana – e uma unidade de processamento de imagens com diferentes componentes, entre eles um processador Jetson Nano.

O minicomputador é indicado para tarefas como classificação de imagens, detecção de objetos, segmentação e processamento de fala, por exemplo.

Os detalhes da pesquisa foram descritos na revista Disability and Rehabilitation: Assistive Technology.

“Os componentes são armazenados na mochila, que pode ser utilizada também para o transporte de pertences do usuário. Os fios passam por dentro da mochila e das alças, que vibram conforme o usuário se aproxima de um obstáculo. Se ele estiver à esquerda, vibra o lado esquerdo. Se estiver à direita, vibra o direito. E, se estiver à frente, vibram os dois”, conta Aline Darc Piculo dos Santos, atualmente professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e de Design da Universidade de São Paulo (FAU-USP) e primeira autora do artigo.

O dispositivo foi desenvolvido durante o doutorado de Santos, realizado na Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (Faac) da Unesp, em Bauru.

O trabalho contou, todavia, com apoio da Fapesp, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes).

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