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Sapo é encontrado com boca colada e passa por cirurgia

Estima-se que o sapo tenha ficado cerca de três dias com a boca colada, apresentando sinais de desnutrição e desidratação


Por Redação Educadora Publicado 15/12/2024
sapo com a boca colada

O Ministério Público de Passo Fundo investiga um caso de maus-tratos que aconteceu no Norte do Rio Grande do Sul.

Um sapo-cururu foi encontrado com a boca colada no pátio de uma casa do bairro São Cristóvão, no último dia 4 de dezembro.

O animal precisou passar por cirurgia e está em recuperação no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo (UPF).

O anfíbio – uma fêmea – foi localizado por uma moradora e levado à equipe veterinária da universidade.

Além da boca colada, foi necessário remover objetos encontrados em seu estômago.

Sapo é encontrado com boca colada

Este é o segundo caso de sapo com a boca colada em 4 meses. A outra ocorrência, registrada em agosto, foi em Jaraguá do Sul, Norte de Santa Catarina.

Um ambientalista encontrou o sapo desfalecido de tanta fraqueza devido a não conseguir se alimentar.

O Ministério Público relatou que foi ‘observada a presença de cabelo e outros elementos que permitem identificar que o animal foi submetido a maus-tratos’.

Estima-se, porém, que o sapo tenha ficado cerca de três dias com a boca colada, apresentando sinais de desnutrição e desidratação.

MP APURA POSSÍVEL RITUAL

Como foi encontrado cabelo e outros materiais no estômago do sapo, o Ministério Público apura, porém, se o anfíbio foi submetido a algum tipo de ritual.

Conforme o promotor de Justiça do Meio Ambiente da cidade, Paulo Cirne, “é uma forma de ritual, situação já verificada em outras cidades, mas pela primeira vez em Passo Fundo. Uma prática considerada maus-tratos, já que o animal, se não fosse atendido, iria a óbito. Então, o MPRS vai averiguar a situação”.

Cirne reforça que “é um fato difícil de identificar a autoria, porém, é muito importante a divulgação desses casos para que todos saibam que isso caracteriza crime de maus-tratos previsto na Lei 9.605/98, com pena prevista de três meses a um ano de prisão e multa. O fato será alvo de investigação e, caso se chegue à autoria, essa pessoa responderá a um processo criminal”.

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