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Vendaval no Estado de SP: seis mortes, estragos e mais de mil quedas de árvores

Rajadas de vento chegaram a atingir 151km/h em Santos; na Praia Grande, teto de shopping desabou. Tempestade ocupa uma faixa de aproximadamente 400 quilômetros no Estado


Por Nani Camargo Publicado 04/11/2023

Vendaval no Estado de SP: seis mortes, estragos e mais de mil quedas de árvores.

A Defesa Civil do Estado divulgou um balanço das ocorrências registradas na tarde desta sexta-feira (03), em várias regiões decorrentes das fortes chuvas e rajadas de vento que chegaram a atingir 151km/h, em Santos.

Na Praia Grande, teto de shopping desabou. Veja abaixo:

Seis óbitos estão confirmados. Veja informações divulgadas neste sábado (4) pela Defesa Civil estadual:

  • 2 pessoas faleceram em São Paulo: queda de árvore sobre veículo
  • 1 pessoa morreu em Osasco: queda de árvore sobre muro que atinge veículo
  • 1 pessoa morreu em Santo André: queda de parede do 18º andar de prédio em construção
  • 1 pessoa faleceu em Limeira: queda de muro sobre pessoa
  • 1 pessoa faleceu em Susano: queda de árvore sobre pessoa

Na Capital e Grande São Paulo, foram registradas 120 quedas de árvores.

No Aeroporto Congonhas os ventos chegaram a 103,7km/h. No Aeroporto de Guarulhos 63km/h. Em Sorocaba, os ventos atingiram 105km/h.

Foram mais de 1000 chamados para quedas de árvore no Estado, entre chamados do Corpo de Bombeiros e das Defesas Civis Municipais.

Vandaval no Estado de SP: seis mortes registradas

EM LIMEIRA
Estragos foram registrados em Limeira. Árvores caíram.

Foi identificado o trabalhador que morreu em uma obra durante vendaval registrado em Limeira na tarde desta sexta-feira (3). Trata-se de Davi da Silva Santos, de 27 anos, morador do Cecap.

Ele trabalhava em uma obra no Jardim Marajoara e, durante a ventania e chuva que assolavam o bairro, uma parte da obra desabou e o jovem foi atingido por uma viga. Morreu na hora.

Veja fotos abaixo:

EM PIRACICABA
Uma árvore caiu sobre o portão de uma clínica, localizada na rua Bom Jesus, no bairro Alto, em Piracicaba, durante o temporal que atingiu a cidade no final da tarde desta sexta-feira (3).

Neste temporal, ao menos 20 quedas de árvores foram registradas na cidade, sendo os bairros Vila Rezende, Piracicamirim, Pompéia, Dois Córregos e bairro Alto, além do centro, os pontos mais afetados.

Também no bairro Alto, na rua Gomes Carneiro, o galho de uma árvore despencou e interditou a rua. Veja foto abaixo:

MORTE DE JOVEM EM OSASCO
Em Osasco, na avenida Luiz Rink, duas árvores caíram em cima de um muro, que, por sua vez, destruiu um veículo.

Felipe Lima Ribeiro do Nascimento, 21 anos, passava pelo local no momento e foi atingido.

O jovem desembarcou do ônibus e tinha uma caminhada de cinco minutos até em casa.

O avô, João Bosco do Nascimento, achou que a demora do rapaz para voltar para a casa era em decorrência da chuva.

Ele define o neto como uma pessoa boa. Ao descobrir da morte do jovem, a família ficou em choque e apenas o avô conseguiu comparecer no local.

Em Santo André, uma parede também cedeu e acertou duas pessoas. Uma delas morreu. Veja abaixo imagens da tempestade em Santo André:

TEMPESTADE DE 400 KM
O Estado de São Paulo foi afetado na tarde desta sexta por uma linha de instabilidade que se formou na vanguarda da frente fria associada ao ciclone extratropical que está no litoral no sul do país, segundo o meteorologista Franco Nadal Villela, do Inmet.

Empurrada pelo ar frio que se desloca do sudoeste em direção ao nordeste do estado, a tempestade ocupa uma faixa de aproximadamente 400 quilômetros.

Por se deslocar rapidamente e ser muito extensa, alcança, portanto, diversas regiões quase ao mesmo tempo.

Em Ourinhos, no interior de São Paulo, a ventania alcançou 111 km/h, segundo o Inmet.

Ventos acima de 103 km/h são classificados oficialmente como tempestades violentas e ficam logo abaixo na escala de equivalência dos furacões, cuja velocidade é a partir de 118 km/h.

“Não é um vento inédito [em São Paulo], mas é raro. Não é todo ano que dá um vento de 104 km/h com força equivalente na cidade inteira”, diz Villela.

Uma rajada de vendo com intensidade equivalente a um furacão, porém, não necessariamente pode receber esse nome.

Para ser um furacão, em suma, é necessário que o fenômeno sustente a média de velocidade acima de 118 km/h por ao menos dez minutos, explica o meteorologista.

Com o avanço rápido da frente fria, a expectativa é, portanto, que as chuvas diminuam e ocorra o declínio da temperatura em todo o Estado.

*COM FOLHAPRESS

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