Estudo analisa médias empresas brasileiras e sua performance nos últimos anos
Levantamento da Fundação Dom Cabral conta com mais de 1.000 médias empresas de todo o Brasil e busca entender quais escolhas ajudaram seus executivos a crescer
Um estudo feito pela Fundação Dom Cabral analisou médias empresas brasileiras e sua performance nos últimos anos
Empresas consideradas de médio porte são aqueles que têm de 50 a 499 funcionários e apresentam faturamento anual entre 5 milhões a 300 milhões, em reais.
No Brasil, representam cerca de 1% de todas as empresas abertas — a maioria, de cunho familiar — e são responsáveis por cerca de 20% dos empregos diretos no País e quase 30% de toda a carga salarial nacional.
É certo que os movimentos e impactos por elas são sentidos de imediato por todos, seja na economia, nos empregos ou até mesmo nos tributos, o que evidencia a importância do estudo.
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A Fundação Dom Cabral, maior escola de negócios da América Latina, por meio de um gabaritado corpo de professores doutores, buscou entre os anos de 2016 e 2021 compreender os dados e as métricas das operações empresariais para identificar como que as médias empresas rumaram em direção ao crescimento e afastaram seus obstáculos.
Para Leonardo Ramos Teixeira, diretor da PKT Desenvolvimento Empresarial, são estudos importantes por mostrar o nível de crescimento e maturidade das empresas, bem como para
servir como um guia que irá nortear as estratégias para os próximos anos. A PKT é a associada que representa a Fundação Dom Cabral nas regiões de Campinas e Sorocaba.
Dentre as análises, compreendeu-se que 49% das médias empresas têm mais de 25 anos de atuação, são majoritariamente lideradas por pessoas maduras (entre 41 e 70 anos) e
apresentam baixo turnover2 em sua liderança (cerca de 55% dos executivos e diretores têm mais de 10 anos na mesma posição).
Em sua atuação, 72% delas têm faturamento menor que 100 milhões de reais por ano, 71% são empresas familiares e apenas 13% têm subsidiária no exterior.
No perfil geral, a maior parte das médias empresas é do ramo de Serviços (43,7%), seguido por Indústria (35,1%) e Comércio (21,2%).
O estudo mostrou ainda que a maioria buscará nos próximos anos uma melhora em sua eficiência operacional (69%), treinamento e desenvolvimento de funcionários (59%) e inovações, em processos (57%) e produtos (53%).
E, também, que customização de produtos (53%) e diferenciação da concorrência (50%) são as estratégias mais empregadas nos últimos 3 anos.
Estudo analisa médias empresas brasileiras
Por outro lado, os obstáculos mais comuns e que mais geram dificuldade na operação cotidiana são a carga tributária (81%), em larga liderança frente à regulamentação e burocracia do Estado (68%) e a ausência de mão de obra qualificada (68%).
O estudo concluiu que tomar decisões em um ambiente exponencialmente complexo tem sido um grande desafio para as médias empresas.
“Muito mais que o envolvimento direto de fundadores e dos principais executivos, o maior gargalo ainda é sobre como desenvolver o negócio em todas as suas frentes e fases. Na prática, o foco está sempre em alinhar cultura e performance para uma gestão eficaz. Quem faz isso sai na frente”, diz Leonardo.
Quando o assunto são empresas familiares, novos desafios ainda ganham destaque. Além dos obstáculos de um mercado cada vez mais competitivo, há o compromisso de preservar o DNA e
o legado dos fundadores, mirar a longevidade e manter a coesão familiar.
Para todos esses diferentes desafios, as metodologias que reforçam a educação executiva como um instrumento de evolução permanente para empresas são fundamentais para sustentar a
posição da empresa e avalizar seu crescimento.
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