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Fundos imobiliários se tornam alternativa de investimento com a taxa selic em seu menor valor da história

De janeiro até junho de 2019, a alta dos Fundos Imobiliários foi de 11,67%


Por Estadão Conteúdo Publicado 18/07/2019
Foto: Pixcabay

O relatório Focus divulgado pelo Banco Central na última segunda-feira, 15 de julho, apontou que a Taxa Selic deve encerrar em 5,50% o ano de 2019. Para 2020, a previsão é que este indicativo fique em 6%, seguindo assim em seu menor valor histórico.

Logo, esse cenário de juros baixos vem fazendo com que muitos investidores que focam em renda fixa repensem onde colocar seu dinheiro. Nesse contexto, um tipo de negociação que vem crescendo nos últimos anos, especialmente entre pessoas físicas, são os fundos imobiliários (FIIs). Até maio de 2019, o número de FIIs listados na B3, Bolsa de Valores, tinha crescido 7,73% em comparação com o mesmo período de 2018

Outro dado que reforça este crescimento é o de que entre 2017 e 2018, o número de fundos imobiliários na B3 passou de 138 para 168, alta de 21,7%. Alguns fatores explicam os motivos para que o número de investidores que optem por FIIs seja cada vez maior.

Segundo especialistas, um dos principais motivos é a cultura existente no Brasil. No geral, investidores brasileiros buscam negociações que envolvam o menor risco possível. Contudo, como investimentos de renda fixa vem tendo retornos baixos e a Selic está no menor valor de sua história, muitos migraram para os FIIs, pois estes representam uma volatilidade menor do que é comum em ações de empresas.

Além disto, a valorização deste tipo de negócio está sendo próxima ao do Ibovespa, índice que mede a Bovespa, que ultrapassou a marca histórica dos 100 mil pontos em 2019.

De janeiro até junho de 2019, a alta dos Fundos Imobiliários foi de 11,67% segundo o Ifix, indicador deste tipo de negociação. Enquanto, a alta no Ibovespa no mesmo período foi de 14,88%.

Outro fator cultural que influencia neste cenário é o fato do brasileiro, historicamente, já entende imóveis como um tipo de investimento. Isto faz com que seu conhecimento e senso crítico sobre o negócio seja maior do que no caso dos títulos de uma empresa

Estes são alguns fatores que corroboram com a transição que investidores estão fazendo de renda fixa para FIIs, sendo que isto se tornou uma ferramenta para eles escaparem da taxa de juros baixa.

Também há de se destacar o cenário imobiliário no país. Entre maio de 2018 e abril de 2019, o número de compra de imóveis teve alta de 16%, na comparação com a mesma faixa de tempo entre 2017 e 2018.

Destaque também para os dados de lançamento de imóveis, que tiveram alta de 25,4% nesse período

Isto contribuiu para que o interesse em relação ao setor tenha crescido no último semestre e, consequentemente, atraído novos investidores.

Entretanto, especialistas ainda aconselham que o um dos caminhos mais seguros no mercado financeiro, pensando no longo prazo, é ter uma carteira diversificada. Portanto, investir de forma conjunta em fundos imobiliários, ações e renda fixa, como Tesouro Direto, segue sendo um negócio no qual muitos investidores experientes optam

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