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Mais de 37 milhões consultaram site do Banco Central de Valores a Receber

Segundo o BC, não houve registro de instabilidade no novo site


Por Folhapress Publicado 15/02/2022
Mais de 37 milhões consultaram site do Banco Central de Valores a Receber
Foto: Reprodução

O Banco Central informou que 37,3 milhões de consultas sobre dinheiro “esquecido” foram realizadas até as 18h30 desta segunda (14), no primeiro dia da volta do SVR (Sistema Valores a Receber).

A plataforma permite saber se pessoas e empresas têm recursos “esquecidos” em instituições financeiras ou não. Ao todo, foram 36,5 milhões de CPFs pesquisados, somando 6,9 milhões com saldo. Entre os CNPJs, foram cerca de 808 mil consultas e 71 mil com valor a receber. Até as 12h desta segunda, 20,5 milhões de consultas tinham sido realizadas.

Segundo o BC, não houve registro de instabilidade no novo site. Em janeiro, a ferramenta SVR precisou ser retirada do ar após travar a página do Banco Central pela alta procura.

A autoridade monetária estima que há cerca de R$ 8 bilhões de recursos “esquecidos” e criou um calendário de liberação das transferências bancárias, que varia de acordo com o ano de nascimento do cidadão ou da criação da empresa. Para fazer a consulta, basta informar o CPF e a data de nascimento ou CNPJ e a data de abertura da empresa.

No entanto, na retomada do sistema, foi possível fazer a requisição com um CPF ou CNPJ válido e qualquer data de nascimento ou de abertura da empresa aleatória.

Segundo o BC, o sistema indica que não há valores a receber caso a data de nascimento ou de abertura da empresa tenha sido preenchida incorretamente. Com isso, o agendamento das operações não foi afetado.

A resposta da ferramenta foi confirmada em consultas feitas pela reportagem com números de CPF que têm valores a receber. Quando informada uma data de nascimento errada, o sistema realizou a consulta e apontou que não há dinheiro a ser resgatado.

Também foi possível fazer a consulta a partir de números de CNPJ válidos e datas de abertura das empresas incorretas, sem que o sistema indicasse a falha. Assim, caso o usuário cometa algum erro de digitação no momento do preenchimento, não saberá se possui qualquer quantia disponível. O caso está sendo analisado pelo BC.

Para data de nascimento ou de criação de empresa anterior a 1968, as transferências poderão ser solicitadas entre os dias 7 e 11 de março. Para após 1983, a liberação ocorrerá entre 21 e 25 de março. Há ainda um período de repescagem para quem perder a data definida.

Calendário de liberações das transferências (Nessas datas quem tem dinheiro a receber saberá quanto poderá sacar):

Data de nascimento (pessoa física) ou de criação da empresa – Período de agendamento (consulta e resgate) – Data de repescagem (para quem perder a data agendada)

Antes de 1968 – 7 a 11.mar. – 12.mar.
Entre 1968 e 1983 – 14 a 18.mar. – 19.mar.
Após 1983 – 21 a 25.mar. – 26.mar.

Quando receber o agendamento, é necessário conferir se foi para o período de 4h às 14h ou de 14h às 24h. Se esquecer ou perder a data e o período agendados, basta fazer a consulta novamente para confirmar a informação. No caso de quem não voltar ao sistema no período definido, o calendário prevê uma data para repescagem.

Após o pedido de transferência, o dinheiro deverá ser depositado via Pix, TED ou DOC em até 12 dias úteis.

A segunda consulta em que o cidadão saberá quanto terá para receber e pedirá a transferência bancária exigirá uma conta no portal gov.br com nível de segurança ouro ou prata, considerados mais seguros. Ou seja, quem descobriu que tem dinheiro para receber deve atualizar seu cadastro gov.br para poder consultar quanto receberá e pedir a transferência.

O BC irá divulgar em breve os procedimentos para consulta de valores a receber por terceiros legalmente autorizados (procurador, tutor, curador, herdeiro, inventariante ou responsável por menor não emancipado) nos casos em que o proprietário dos recursos não puder obter o login gov.br nível prata ou ouro.

Em uma primeira fase de saques, o BC estima a devolução de R$ 3,9 bilhões a 27,9 milhões de CPFs e CNPJs.

Rafael Fiuza, relações públicas, é um dos milhões de brasileiros que tiveram uma boa notícia ao consultar a plataforma SVR nesta segunda (14). “É igual achar dinheiro perdido no bolso da calça. Se você não espera por ele, é sempre bem-vindo”, afirmou.

Sem ter ideia da origem do dinheiro “esquecido”, ele está curioso com o valor que terá direito a receber, ainda que espere um montante simbólico. “Não me recordo de contas encerradas com saldo disponível nos últimos anos, nem operações de crédito cobradas indevidamente. Portanto, não acho que seja um valor alto”, disse.

Fiuza só torce para que seja o bastante para pagar a próxima rodada de cerveja com os amigos. Para ter certeza de que o dinheiro será suficiente, terá de esperar até o dia 23 de março, às 14h, quando conhecerá mais informações. ​

Antes da suspensão do sistema, em janeiro, 79 mil cidadãos e empresas conseguiram consultar o SVR por meio do site do BC e 8.500 solicitações de devolução foram formalizadas, o que representa cerca de R$ 900 mil.


VEJA COMO CONSULTAR O SISTEMA DE VALORES A RECEBER DO BANCO CENTRAL

1) Consulte se possui valores a receber
– Acesse o site valoresareceber.bcb.gov.br
– Informe seu CPF ou CNPJ
– Se houver valores a receber, o sistema informará uma data para que retorne ao site e solicite o dinheiro disponível, a partir de 7 de março
– Ainda não será possível saber o valor que poderá ser resgatado

2) Se tiver dinheiro esquecido nos bancos, verifique seu cadastro Gov.br
– Se você ainda não tiver login Gov.br, faça seu cadastro gratuito no site ou pelo app Gov.br (Google Play e App Store). Será exigido um cadastro Gov.br nível prata ou ouro para solicitar os recursos. Não será possível acessar o sistema com login Registrato

Crie ou atualize seu login
– Clique em https://acesso.gov.br e insira seu CPF; também é possível realizar esse passo baixando o aplicativo do sistema gov.br em celulares com sistema operacional Android e iOS
– Selecione as opções de Termo de Uso, Não sou robô e clique no botão Continuar

Como aumentar o nível de segurança da conta
– Logue em sua conta no portal gov.br com seu CPF e senha cadastrada
– No menu em lista, clique na opção “Privacidade” e, em seguida, em “Gerenciar lista de selos de confiabilidade”
– Na página de autorização de uso de dados pessoais, clique em “Autorizar”
– Na página aberta, aparecerá o nível de segurança atual de sua conta. A maioria das contas são criadas com nível bronze
– A página exibirá a lista de opções para “adquirir novas confiabilidades do gov.br”, ou seja, aumentar a segurança da sua conta. Algumas alternativas, como a validação facial pelo Denatran para obter nível prata, exigem que o usuário tenha cadastrado a biometria em outras bases de dados do governo
– Quem possui conta em banco pode adquirir o nível prata por meio do cadastro validado via internet banking. Dessa forma, a plataforma do governo confirmará seus dados pelo login na instituição financeira. Nesse caso, após clicar em “Cadastro via Internet Banking do [nome do banco]”, siga os passos do seu banco para acessar sua conta

Como atualizar o perfil Gov.br pelo internet banking
Também é possível acessar diretamente a conta gov.br através do login bancário, automaticamente garantindo a validação dos dados e obtenção do nível prata de segurança:
– Acesse https://acesso.gov.br e, em “Outras opções de identificação”, clique em “Seu banco”
– No pop up de “Bancos credenciados”, selecione o seu banco

3) Descubra quanto você tem para resgatar e peça a transferência do dinheiro na data agendada
– No dia definido pelo sistema do Banco Central, volte ao site valoresareceber.bcb.gov.br
– O sistema mostrará um período para você fazer a nova consulta no dia definido. Por exemplo: no dia 24 de março, das 4h às 14h
– Será necessário logar no SVR com sua conta gov.br nível prata ou ouro
– Acesse o sistema, descubra o valor disponível e solicite a transferência, informando uma chave Pix
– Se solicitar o resgate sem informar uma chave Pix, o usuário deverá ser contatado pelo banco em que optou receber o dinheiro para informar os dados da transferência via TED ou DOC. Atenção: o banco não pedirá senhas
– Se a data não for respeitada, será preciso voltar na data da repescagem definida pelo Banco Central

4) Receba o dinheiro
O dinheiro deve ser depositado via Pix, TED ou DOC pelo banco em até 12 dias úteis

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