Eleições 2022: Dólar cai 2% com segundo turno entre Bolsonaro e Lula
Mercado de câmbio doméstico reagiu de forma positiva; às 9h30, dólar comercial custava R$ 5,5680 para venda
O mercado de câmbio doméstico reagia de forma positiva nesta segunda-feira (3) ao desempenho melhor do que o esperado do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno das eleições deste domingo (2), o que elevou a possibilidade de reeleição do candidato de agenda econômica percebida por investidores como mais liberal.
Além disso, o partido do presidente ganhou ao menos 23 deputados, chegando a 99, e se tornou a maior bancada eleita na Câmara nos últimos 24 anos.
Às 9h30, o dólar comercial à vista recuava 2,35%, a R$ 5,2680 na venda.
O Banco Central fará neste pregão leilão de até 16 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de novembro de 2022.
Na sexta-feira (30), participantes do mercado já vinham atribuindo a melhora do mercado financeiro doméstico aumento da chance de segundo turno entre Lula e Bolsonaro, uma vez que as últimas pesquisas de intenção de voto apontavam que não era possível cravar a vitória petista no primeiro turno.
Rumores sobre a suposta participação de Henrique Meirelles em um eventual governo de Lula também influenciaram movimentos na Bolsa.
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BOLSA DE VALORES
A Bolsa de Valores apresentou forte recuperação nesta sexta-feira em relação às baixas desta semana, o que contribuiu para que o mercado de ações brasileiro terminasse o terceiro trimestre com desempenho positivo e na contramão das baixas registradas no exterior.
O Ibovespa fechou em alta de 2,20%, aos 110.036 pontos. Embora o resultado do dia não tenha evitado uma baixa semanal de 1,50%, o desempenho trimestral do indicador parâmetro das ações brasileiras ficou positivo em 11,66%.
O dólar comercial terminou perto da estabilidade, em um dia em que a taxa de câmbio balançou entre altos e baixos. A cotação comercial da moeda americana à vista subiu 0,03%, a R$ 5,3950 na venda.
Esse índice acompanha as ações de 30 das maiores empresas da Bolsa de Nova York e sua queda anual acumulada em quase 21% é um sintoma do temor de investidores de que a política monetária de juros altos do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) conduzirá o país e o mundo a uma forte desaceleração econômica.
Referência para a Bolsa americana, o índice S&P 500 tombou 5,28% no trimestre. A Nasdaq, que concentra ações de empresas de tecnologia com grande potencial de crescimento, afundou 4,11%.
A semana dos mercados globais ainda foi marcada pela forte venda de títulos da dívida do Reino Unido, o que aprofundou a queda do valor da libra esterlina frente ao dólar.
A crise foi desencadeada por um plano de corte de impostos anunciado pelo governo britânico, cujo efeito esperado é aquecer a economia. O estímulo vai na contramão da agressiva elevação de juros adotada pelo banco central britânico para frear a inflação.
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