Quando o trabalho dói: como lidar com a infelicidade profissional?

Você já acordou com a sensação de peso só de pensar em mais um dia de trabalho? Já se sentiu exausto mesmo antes de começar? Essa é uma realidade silenciosa que afeta milhares de pessoas: a infelicidade no trabalho.
Não estamos falando apenas de insatisfação com o salário ou com uma carga horária pesada.
A dor da infelicidade profissional vem de algo mais profundo: falta de propósito, relações tóxicas, ambientes desumanizados e a ausência de reconhecimento. A cada dia, mais profissionais adoecem emocionalmente por estarem em lugares onde não são vistos, ouvidos nem valorizados.
A especialista em felicidade corporativa Chirles de Oliveira afirma: “A infelicidade no trabalho não é fraqueza. É um sinal claro de que algo precisa mudar na empresa e dentro de você.”
A boa notícia: tem saída!
Segundo Chirles, é possível transformar o ambiente de trabalho e a própria relação com a carreira. Mas isso começa com consciência e pequenas atitudes:
- Autoconhecimento: “Entender o que te motiva e o que te paralisa é o primeiro passo para alinhar carreira e propósito.”
- Conexão genuína: Criar vínculos saudáveis no ambiente profissional aumenta o bem-estar e a produtividade.
- Liderança humanizada: Empresas que investem em empatia e escuta ativa retêm mais talentos e constroem equipes mais felizes.
- Cultura do cuidado: Pausas, feedbacks honestos e espaço para ser quem se é fazem toda a diferença.
“Não dá mais para romantizar o esgotamento. Felicidade no trabalho não é luxo, é estratégia de sobrevivência e de sucesso”, reforça Chirles.
E se a mudança não vier da empresa?
Às vezes, o que precisa mudar é a nossa escolha. Rever caminhos, redesenhar metas e até mudar de rota pode ser o movimento mais corajoso da sua vida. “O trabalho deve ser um lugar de vida, não de adoecimento”, diz Chirles.
Se você sente que a infelicidade virou rotina, talvez seja hora de fazer uma pausa e se escutar de verdade. E, quem sabe, começar a criar uma jornada mais leve, mais sua.
Felicidade no trabalho: de tendência a necessidade estratégica
Promover a felicidade no ambiente corporativo deixou de ser um diferencial simpático e passou a ser uma exigência estratégica para empresas que desejam crescer de forma sustentável.
Chirles de Oliveira, que também é CEO da Virada da Felicidade, evento que celebra e promove o bem-estar nas organizações, garante que é possível virar a mesa.
Pesquisas comprovam: colaboradores felizes são 31% mais produtivos e geram 37% mais vendas, segundo a Universidade da Califórnia. Empresas com alto índice de bem-estar têm 23% mais lucratividade e 78% menos absenteísmo, de acordo com a Gallup.
A realidade brasileira: dados que preocupam
Apesar desses benefícios claros, o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer. O estudo Pluxee & The Happiness Index (2024) revelou que os profissionais brasileiros estão 9% mais infelizes do que a média global. Além disso, lideramos o ranking mundial de rotatividade (56%), segundo a Robert Half.
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