São Paulo é único estado com queda de desemprego no 3º trimestre, diz IBGE
O desemprego permaneceu estável na maior parte do país mesmo com recordes no trabalho informal
São Paulo foi o único estado do Brasil a registrar queda no desemprego no terceiro trimestre, informou nesta terça-feira (19) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No período, a diminuição no número de desempregados no estado paulista foi de 217 mil pessoas. Assim, a taxa de desocupação em São Paulo caiu para 12% no terceiro trimestre do ano, após registrar 12,8% nos três meses anteriores.
Já 25 das demais 26 unidades federativas permaneceram com a desocupação estável no trimestre que compreende julho, agosto e setembro. Apenas Rondônia registrou aumento, de 1,5 ponto percentual, na comparação com os meses de abril, maio e junho.
O desemprego permaneceu estável na maior parte do país mesmo com recordes no trabalho informal. Ao fim do terceiro trimestre, 11,8 milhões de pessoas trabalhavam no setor privado, mas sem carteira assinada, e outros 24,4 milhões trabalhavam por conta própria.
A taxa de informalidade entre os empregados, ou seja, aqueles que estavam sem carteira assinada no setor privado, trabalhadores doméstico sem carteira assinada, empregadores sem CNPJ, trabalhadores por conta própria sem CNPJ e trabalhadores auxiliares familiares, chegou a 57,9% nos estados do Norte, 53,9% no Nordeste, 38,5% no Centro Oeste, 35,9% no Sudeste e 32,2% no Sul.
O trimestre encerrado em setembro teve aumento de 459 mil pessoas ocupadas, o que fez essa população chegar a 93,8 milhões, um recorde na série histórica que teve início em 2012. “Um recorde puxado por informalidade”, disse a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.
Na comparação com o mesmo trimestre de 2018, o número de desempregados cresceu em Goiás e no Mato Grosso, e caiu em São Paulo, Alagoas e Sergipe. As demais 22 unidades da federação tiveram estabilidade.
A taxa de desocupação no Brasil foi de 11,8% no terceiro trimestre. De acordo com o IBGE, 46,9% dos desocupados estavam buscando emprego há um mês, mas há menos de um ano. Isso representa cerca de 5,8 milhões de pessoas.
O número de desempregados que buscam trabalho há dois anos ou mais estava em 3,2 milhões de brasileiros, enquanto 1,8 milhão procuravam trabalho há menos de um mês.
A taxa de desocupação mais alta continua sendo na população jovem, principalmente entre os que estão de 14 a 17 anos, com 40,6%. Para os jovens de 18 a 24 anos, esse número alcançou 25,7% no terceiro trimestre do ano.
Essa faixa etária é alvo do governo Bolsonaro, que assinou na semana passada uma Medida Provisória que cria o programa Emprego Verde e Amarelo, modalidade que reduz a tributação sobre empresas que contratarem jovens de 18 a 29 anos em primeiro emprego.
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