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Acidentes matam 36 pessoas em Limeira em 2022

Homens com idade entre 20 a 40 anos são os que mais morreram em 2022; motos se envolveram mais da metade dos acidentes


Por Carlos Gomide Publicado 04/01/2023
Acidentes matam 36 pessoas em Limeira em 2022
Em um dos acidentes, vítima foi uma jovem de 24 anos, no dia 02 de dezembro, no Anel Viário. FOTO: Carlos Gomide

Levantamento feito pela reportagem, baseado em acompanhamento diário de ocorrências policiais, aponta que Limeira teve, pelo menos, 36 mortes registradas nos 12 meses de 2022. De janeiro a dezembro do ano passado, a cidade registrou 34 acidentes, que mataram 36 pessoas. É o segundo ano seguido que os números apresentam retração. De 2021 para 2022, as mortes já haviam apresentado queda  de 11% (de 43 para 35). Os números levantados pela reportagem ao longo do ano são bem diferentes daqueles reconhecidos pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo que, de janeiro a novembro aponta que a cidade teve 12 mortes. Para a secretaria, são consideradas vítimas fatais aquelas que morrem no local. A partir do socorro para uma unidade hospitalar, a interpretação do Estado é que deixa de ser considerada morte por acidente. 

Motos estão envolvidas em mais da metade das mortes

Não é difícil de adivinhar qual veículo está envolvido em acidentes que mais mataram: as motos. Elas representam 52% dos veículos envolvidos em acidentes fatais. Foram 18 acidentes, com 19 mortes. Em um deles, registrado no dia 20 de agosto, na região do Jardim Interlagos, houve duas mortes. A de Adrien Antônio, de 29, que morreu 3 dias depois, e de José Paulo Afonso da Silva, de 26, morto no dia 25 daquele mesmo mês. Das 18 vítimas desse tipo de veículo, 15 são homens. 

Na sequência dos veículos que mais estiveram envolvidos em acidentes fatais, vem o automóvel, com seis casos. Bicicleta, de tração humana ou elétrica (4), camionete, caminhão e ônibus (2, cada), completam a lista. Em um dos acidentes, o que tirou a vida de Carlos Alberto Marinho, de 46 anos, não foi possível determinar o veículo envolvido. A vítima foi encontrada morta, no km 147 da Rodovia Anhanguera, bem próximo ao trevo de acesso à Avenida Major José Levy Sobrinho, no dia 23 de agosto. 

Das vítimas, somente seis são mulheres

    Também pelo segundo ano seguido, os homens representam mais de 80% das vítimas de acidentes fatais. Das 35 mortes, 30 foram de homens. As vítimas mulheres foram: Marlene Valiarini, de 56 anos, no dia 19 de janeiro, quando ela bateu a moto que conduzia em um carro na Rotatória “do Jardim Aeroporto” Quase seis meses depois, morreria Thereza Lima da Rocha, de 93 anos, em um capotamento. A idosa ocupava o banco de carona de um carro que capotou na Rodovia dos Bandeirantes, no dia 10 de julho. Já em dezembro, outras três mulheres morreram: Keron Layne Christine Reis de Carvalho, de 24 anos, uma mulher, sem identificação, que morreu na rodovia Anhanguera, no dia 13 e Lais Akemi Kogamida Queiroz, de 20 anos, na última semana de 2022, na Rodovia dos Bandeirantes. Já em 2023, Daniele da Silva Lotério dos Santos, de 25 anos, também faleceu, depois de passar 8 dias hospitalizada.

    Apenas um adolescente faleceu em acidente de trânsito

    Em 2022, apenas um adolescente morreu, vítima de acidente de trânsito. A vítima foi Caio Júnior de Oliveira Somilia Silva, de 17 anos. Ele morreu ao se chocar com um ônibus de transporte coletivo, na Rua Recanto dos Pássaros, no Jardim do Campo Belo. O ônibus subia a rua quando, por motivos a serem apurados, foi atingido pelo rapaz, que descia a rua e atingiu o veículo de transporte coletivo de frente. A família do rapaz chegou a contestar a versão do acidente, alegando que o rapaz havia sido atropelado, mas as versões de testemunhas que estavam dentro do ônibus apontam para a versão de colisão frontal. 

    Outras duas vítimas tinham 20 anos: Vítor Manoel Carvalho de Góes (06/09) e Laís Akemi (27/12), ambos mortos em acidentes na Rodovia dos Bandeirantes. De 20 a 40 anos, foram 16 vítimas. De 40 a 60, outras 12 mortes. Os idosos somam 3 mortes e dois desconhecidos. 

    Área urbana registrou 22 acidentes fatais

    A área urbana da cidade foi responsável pela maior parte dos acidentes: 22 ao todo. Destas, seis foram nos 18 quilômetros de extensão do Anel Viário. A que mais chamou a atenção foi o acidente que vitimou o vigilante João Marcos da Silva Neto, de 25 anos. O acidente, na Via Luís Varga, aconteceu atrás do estádio do Limeirão, no dia 9 de outubro e mobilizou socorristas do Samu e a população que tentava retirar o vigilante de dentro das ferragens. Foi necessária a intervenção do Corpo de Bombeiros para desencarcerá-lo. O carro que Neto conduzia foi atingido por um Corolla, que seguia em sentido contrário e que passou por cima do canteiro central antes de atingi-lo. A vítima chegou a ficar internada, mas não resistiu e morreu 18 dias depois. O acompanhante do vigilante também teve ferimentos, mas se recuperou. O condutor do Corolla, que testemunhas alegaram estar aparentemente embriagado, também foi socorrido e se negou a fazer o teste do bafômetro. 

    Avenidas importantes como Major José Levy Sobrinho, Doutor Lauro Côrrea da Silva também foram palcos de acidentes fatais. Duas ruas centrais: A Rua Santa Terezinha e a Barão de Campinas também registraram mortes no trânsito, além de bairros como Jardim Roseira, Jardim Santa Eulália, Jardim Santa Bárbara, Piratininga, Cidade Universitária, Belinha Ometto e Jardim Interlagos e Palmeira Real. 

     A Rodovia Limeira – Artur Nogueira foi a campeã de morte (de novo), com 3 óbitos ao longo de 2022. Em 2021, a rodovia havia registrado outras 4 tragédias. Outros 3 óbitos foram registrados na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348). Anhanguera e a Rodovia Limeira – Piracicaba (2, cada). Completam as 13 mortes, as rodovias que ligam a Limeira à Cosmópolis, Mogi Mirim e à Santa Bárbara d’Oeste.

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