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Adesão de greve dos Correios em Limeira é de 50%, diz sindicato

Diretor da entidade afirma que distribuição está parcialmente parada e que população irá sentir, em breve, diferença no serviço


Por Danilo Janine Publicado 12/09/2019
Carlos Gomide

Diretor do Sintectcas (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Campinas e Região), do qual faz parte Limeira, Reginaldo Prado informa que funcionários dos três centros de distribuição em Limeira estão parados. “O que está parado é a distribuição. Seja a distribuição de encomendas ou postal. Não está totalmente, mas está parcialmente parado”, explica, dizendo que as pessoas irão começar a sentir, em breve, essa paralisação.

Ainda segundo Prado, o plano do governo Jair Bolsonaro (PSL) de privatização dos Correios também motivou a greve. “Estávamos buscando negociação, mas a empresa não quis negociar, até em função do planto de privatização”, comenta.

De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), os trabalhadores reivindicam reajuste salarial com reposição da inflação (3,25%) e não querem cortes de direitos conquistados.
Segundo a Fentect, mesmo com a mediação já iniciada no TST, referente ao processo de negociação do Acordo Coletivo 2019/2020, a empresa deixou de receber os representantes dos trabalhadores. Para a entidade, a empresa não dá prejuízo e não depende de financiamento público. Os empregados também são contra a eventual privatização dos Correios.

Os Correios entraram na quarta-feira (11) com uma ação de dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST) após os funcionários decretarem greve geral por tempo indeterminado. De acordo com comunicado divulgado à imprensa, a empresa buscará uma solução que “não comprometa ainda mais a situação financeira” da estatal.

Segundo a nota, os Correios têm em andamento um plano de saneamento financeiro para garantir as operações de forma competitiva e sustentável. Para a empresa, algumas reivindicações dos funcionários superam o faturamento anual da estatal. “Desde o início de julho, a empresa participa de reuniões com os representantes dos empregados, nas quais foram apresentadas a real situação econômica da estatal e propostas para o acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado, atualmente na ordem de R$ 3 bilhões. As federações, no entanto, apresentaram reivindicações que superam até mesmo o faturamento anual da empresa”, diz a nota. (Com Agência Brasil)

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