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Bispo de Limeira é citado em ação por suposta omissão em escândalo sexual em São Paulo

Segundo advogados da vítima, Dom José Roberto Fortes Palau investigou o caso e teria inocentado o padre acusado de abuso


Por Danilo Janine Publicado 09/12/2020
Foto: Roberto Gardinalli

Após os escândalos sexuais e financeiros envolvendo o bispo-emérito dom Vilson Dias de Oliveira, os católicos veem novamente a figura do bispo diocesano de Limeira envolvida em uma nova polêmica. Desta vez, o nome de dom José Roberto Fortes Palau, atual bispo diocesano de Limeira, consta em um processo judicial, que tramita em São Paulo, por abusos sexuais contra Elissandro Dias Nazaré de Siqueira, hoje com 24 anos, que teria sido cometido pelo padre Bartolomeu da Silva Paz, na ocasião na Paróquia de Monte Serrat, no Largo da Batata, na região de Pinheiros, na capital paulista. Na época dos abusos, a vítima era menor de idade. O caso veio à tona após matéria publicada pelo portal da revista IstoÉ.

Na ação, o bispo de Limeira é acusado de omissão, já que teria sido nomeado pelo arcebispo da Arquidiocese de São Paulo, dom Odilo Sherer, para apurar o caso internamente. Vale ressaltar que Dom José Roberto Fortes Palau não participou dos abusos ou de qualquer orgia sexual das quais que teria participado padre Bartolomeu. O bispo de Limeira consta no processo judicial por omissão. Segundo advogados da vítima, Dom José Roberto investigou o caso e teria inocentado o padre acusado de abuso.

A ação é assinada pelos advogados Guilherme Dudus e Maristela Basso, que conversaram com a Educadora. Nela, Elissandro Siqueira pede uma indenização de R$ 5 milhões por danos morais. Além do padre Bartolomeu, de dom Odilo Sherer e de Dom José Roberto, consta na ação o também bispo dom Eduardo Vieira dos Santos.

ORGIAS

Além da denúncia de abuso, padre Bartolomeu da Silva Paz também é acusado de participar de orgias com homens gays na Paróquia Monte Serrat e também na sede da Associação Cultural e Beneficente para o Bem-Estar do Idoso, que é ligada paróquia e que era presidida por ele na ocasião.

Segundo o advogado Guilherme Dudus, o bispo de Limeira consta na ação por omissão, já que, na época, ele foi nomeado pela Arquidiocese de São Paulo para apurar o caso. “Só tivemos acesso ao decreto (investigação interna da igreja, que inocentou o padre Bartolomeu), porque entramos com a ação”, explica.

Dudus cita ainda que após a investigação interna, a única medida da Arquidiocese de São Paulo teria sido somente afastar o padre de suas funções por três anos.

Procurado pela Educadora, Dom José Roberto Fortes Palau afirmou, via assessoria de imprensa da Diocese de Limeira, que por se tratar de uma “questão interna da Arquidiocese de São Paulo, somente Dom Odilo Scherer poderia se pronunciar sobre o caso e que isso seria, inclusive, uma orientação da própria Arquidiocese de São Paulo.”

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