Campanha ‘Julho Verde’ discute em Limeira prevenção ao câncer de cabeça e de pescoço
O diagnóstico é feito por exame clínico e pode ser complementado por exames de imagem, endoscopia e biópsia
A Prefeitura de Limeira promove a partir da próxima segunda-feira (5), o “Julho Verde”, uma campanha de prevenção e conscientização do câncer de cabeça e de pescoço. A iniciativa atende à Lei 6.478/2020, sancionada pelo prefeito Mario Botion (PSD), a partir de propositura da então vereadora e hoje vice-prefeita, Erika Tank (PL). Prédios públicos, como o Palacete Levy, estão recebendo iluminação na cor verde para alertar à data.
Botion destacou que o “Julho Verde” trata-se de mais uma campanha que passa oficialmente a fazer parte do conjunto de ações preventivas, desenvolvidas pela prefeitura ao longo do ano. Atualmente, estão em andamento os trabalhos de prevenção contra a gripe e a Covid-19, com as campanhas de vacinação. “A prevenção sempre é o melhor remédio”, frisou. Erika Tank, por sua vez, relatou que a preocupação com o tema, em especial com o câncer de tireoide, surgiu a partir de uma experiência pessoal. Há alguns anos, ela disse que foi “surpreendida” com o diagnóstico em uma consulta médica. “Passei um momento difícil. Essa doença tem um impacto muito grande, tanto na vida do paciente quanto de sua família”, revelou.
Foi então que a vice-prefeita – na época vereadora – levantou informações sobre o tema que a subsidiaram a apresentar um projeto de conscientização sobre o câncer de cabeça e de pescoço. E durante esse trabalho, ela verificou que essa modalidade de câncer atinge predominantemente as mulheres. “Saber que o maior número de casos incide sobre as mulheres fez com que o meu olhar se voltasse ainda mais para essa campanha”, afirmou.
Durante o “Julho Verde”, haverá o lançamento de uma série de vídeos e peças publicitárias reforçando a importância da prevenção. Os vídeos apresentam depoimentos de profissionais das áreas de nutrição, fisioterapia, enfermagem, odontologia e medicina, que darão informações sobre o tema. O material será postado tanto nas páginas da prefeitura no Facebook e no Youtube e trará o slogan “Não deixe o câncer de cabeça e pescoço calar a sua voz, prevenir é o melhor remédio”.
A DOENÇA
A Secretaria de Saúde esclarece que o câncer de cabeça e de pescoço refere-se a um conjunto de tumores que afetam boca, faringe, laringe, cavidade nasal e seios paranasais, glândulas salivares e tireoide. As ocorrências mais frequentes são de pele e de tireoide, seguidos pelos tumores na cavidade oral e na faringe. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os tumores de cabeça e pescoço estão entre os dez tipos de câncer mais comuns em todo planeta, com aproximadamente 700 mil novos casos anualmente. Em Limeira, foram registrados 66 casos de câncer de cabeça e pescoço no ano passado (2020), segundo dados do Centro de Oncologia de Limeira (COL), da Santa Casa. Desse total, 41 referem-se a ocorrências na boca, 23 na laringe e dois na tireoide. A prevenção se baseia no combate aos fatores de risco, com destaque para o tabagismo, o consumo de álcool, a exposição à radiação solar, as más condições dentárias e a alimentação inadequada.
Quanto aos sintomas, a diretora de Atenção Primária à Saúde, Faedra Rosada, informa que nas fases iniciais, os tumores geralmente são assintomáticos. Entretanto, à medida que se desenvolvem, costumam apresentar os seguintes sinais: manchas brancas na boca, dor, lesão ulcerada ou com sangramento, cicatrização demorada, nódulos no pescoço, mudanças na voz, rouquidão persistente e dificuldade para engolir.
O diagnóstico é feito por exame clínico e pode ser complementado por exames de imagem, endoscopia e biópsia. Ela ressalta que o diagnóstico precoce é importante para o tratamento mais eficaz e menos agressivo, pois quanto menor o tumor, mais rápido será o tratamento, com menos sequelas e mais chances de cura.
No âmbito municipal, Faedra ressalta que a Policlínica, o Ambulatório de Médico de Especialidades (AME) e o Ambulatório Regional de Especialidades (ARE) oferecem atendimento especializado. Porém, o atendimento aos pacientes ocorre a partir de encaminhamento das Unidades Básicas de Saúde (UBS). “Em caso de suspeita, o munícipe deve se dirigir primeiramente à UBS mais próxima e agendar uma consulta”, informou.
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