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Cão Otto: tutor que abandonou cachorro em Limeira vira réu em processo judicial

Nesta sexta-feira (22), o resgate de Otto completou um ano; assista no vídeo abaixo


Por Grasiele Gerondi Publicado 22/07/2022
cão Otto
Cão Otto foi encontrado em situação de maus tratos às margens de rio, em Limeira – Foto: Alpa

Após um ano do resgate do cão Otto, a 2ª Vara Criminal de Limeira aceitou denúncia do Ministério Público contra R. T. C., por ser acusado de praticar maus-tratos contra o cachorro.

Ele teria adotado o cãozinho no Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal e, depois de praticar maus tratos, o teria descartado em um rio.

O cão, que hoje tem aproximadamente 2 anos, foi adotado ainda bebê em fevereiro de 2021 e, meses depois, segundo informações da Alpa (Associação Limeirense de Proteção Animal), Otto foi encontrado dentro de um rio, na divisa entre Limeira e Americana, próximo a uma Pedreira, sem movimentos traseiros e ferido.

Na ocasião, o Bem-estar animal foi acionado e não buscou Otto pois não tinha vaga e, por isso, a Alpa o fez.

Ao realizarem exame físico, apresentou profunda magreza, palidez, desidratação, além de ritmo fraco de respiração e dores extremas, principalmente na coluna. Otto também apresentava extensa ferida com miíase no lábio inferior.

CINOMOSE

Houve suspeita de cinomose e exames complementares foram realizados. As radiografias mostraram uma fratura na coluna lombo-sacra, motivo pelo qual Otto não mostrava sensibilidade nos membros posteriores e também incontinência fecal e urinária.

Depois de resgatado, ele foi levado ao veterinário e exames comprovaram que a coluna estava com muitas fraturas, o que indica possível maus-tratos e agressões. Como o Otto era microchipado, foi possível identificar que o responsável pelo animal era R..

Hoje Otto realiza fisioterapia duas vezes por semana, e apesar de ser um cão brincalhão que consegue até mesmo correr, precisa de curativos diários e sua incontinência urinária é permanente.

DENÚNCIA

Ele foi denunciado no artigo, que considera crime praticar “ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”.

A pena pode ser reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e proibição da guarda, por envolver cão.

O réu agora tem 10 dias para responder à acusação por escrito.

*Colaborou Giovanna Rovari

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