Comicin repudia caso de injúria racial em Limeira e cobra medidas
Conselho Municipal dos Interesses do Cidadão Negro disse que acompanha o caso

O Conselho Municipal dos Interesses do Cidadão Negro (Comicin) de Limeira (SP) divulgou uma nota pública nesta terça-feira (25) manifestando repúdio ao caso de violência racial ocorrido na cidade no último sábado (22), envolvendo uma trabalhadora negra e uma empresária local.
- Empresária é detida por injúria racial em restaurante nos Pires, em Limeira
- Empresária que cometeu injúria racial é colocada em liberdade
De acordo com o comunicado, assinado pela presidente do Comicin, Ewelyng Teodoro, a entidade acompanha o desenrolar dos fatos e exige que todas as medidas cabíveis sejam tomadas com rigor e celeridade.
O Comicin reforçou que qualquer forma de violência, especialmente as motivadas por racismo, são inaceitáveis e precisam ser combatidas. A organização afirmou estar em contato com a vítima e destacou que continuará cobrando das autoridades penas mais severas para crimes dessa natureza.
Por fim, a entidade declarou que permanecerá vigilante para que episódios como esse não fiquem impunes e reafirmou seu compromisso com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
O QUE ACONTECEU
Uma empresária, de 41 anos, foi detida em um restaurante no Bairro dos Pires no sábado (22), após ofender um músico e uma garçonete com palavras homofóbicas e racistas. Ela foi liberada após prestar depoimento.
O fato aconteceu após mulher perguntar para um músico que preparava seus equipamentos para uma apresentação se ele era casado. Após o homem confirmar a informação e pedir respeito, a empresária começou a ofendê-lo com palavras homofóbicas.
O músico entrou em contato com o proprietário do restaurante e comunicou o ocorrido. O empresário foi até o local e encontrou a mulher ofendendo e agredindo uma de suas funcionárias, xingando ela com palavras de cunho racistas. A Polícia Militar (PM) foi acionada e conduziu todos os envolvidos para a delegacia.
No Plantão Policial, o delegado Dr. Manfrinni Soares ouviu a empresária e a liberou após o registro da ocorrência. Para ele, não havia elementos suficientes que comprovassem o crime de injúria racial e homofobia.
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