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CPI do IPTU: Contribuinte relata ameaças de presos na Operação Parasitas

Eles queriam, de todas as formas, o barracão que estava em posse da mulher; chegaram a oferecer valores para que ela não envolvesse a Polícia


Por Grasiele Gerondi Publicado 30/08/2022

A primeira contribuinte a prestar esclarecimentos à CPI do IPTU nesta terça-feira (30) levou informações sobre outra frente em que a quadrilha agia, a de fraudar documentos. Ela contou aos vereadores a forma bruta e ameaçadora com que três dos presos entraram em contato com a contribuinte.

Ela relatou que estava com a posse de um barracão, que era de propriedade de José Santana, morto durante um latrocínio, em agosto de 2014, para transformar o local em um projeto social voltado à crianças e adolescentes. No mês de maio deste ano, Osmar Viana (preso na Operação do Ministério Público e Polícia Civil) a procurou dizendo que era proprietário do imóvel em que as coisas da escola de samba dela estavam.

O homem disse que tinha entrado lá, trocado todas as fechaduras do local e que era para ela encontra-los em um posto de combustíveis. Ela, então, pediu que a filha e o genro fossem ao local ver o que tinham feito, enquanto ela e uma advogada foi até o local encontrar os responsáveis pela ligação.

O ENCONTRO

Chegando lá, segundo a depoente, o primeiro a se apresentar foi Maicon Douglas Araújo, que disse ser advogado, mas depois teria entrado em contradição e dito ser do setor tributário da Prefeitura. Na sequência, Cléber Barrote se apresentou como contador e, por último, Osmar Viana disse ser o procurador de Anderson Ara.

Ela pediu para ver a documentação que tinha e Osmar, em um primeiro momento, não queria mostrar, mas Cléber teria dito que poderiam deixa-la ver sim. Ela viu que se tratava de uma escritura que tinha sido passada naquele dia, mas com data de 1994. A contribuinte fotografou o documento e percebeu que era falso.

A advogada decidiu chamar a polícia. Enquanto isso, Osmar teria ido ao carro e buscado a sacolinha com as chaves que tinha retirado do barracão, porque ele queria ir embora rápido. Ele, então, teria ido ao carro e buscado uma sacolinha com as chaves, dizendo que, a partir daquele dia, o barracão era dele. A contribuinte disse que não, porque as coisas dela estavam lá. Ela ainda percebeu que ele queria ir embora rápido. Outro que começou a ficar com pressa, durante a conversa, foi Maicon, que chegou a sair com o carro no sinal vermelho.

A empresária contou ainda que no dia seguinte, outra pessoa a procurou, oferecendo valores para não envolver a polícia, o que ela afirma ter se recusado e nem ouvido a proposta. Mas ainda não parou por aí, ela começou a ver movimentações estranhas em frente à casa dela e disse que eles chegaram a ameaçar, dizendo que tirariam tudo e colocariam fogo.

Ela ainda afirmou aos vereadores que temia pela segurança dela.

SEGUNDO DEPOIMENTO

Já o segundo depoimento à CPI do IPTU foi de um contribuinte, que contou ser de São Paulo e que tinha decidido comprar uma casa em Limeira, depois de visitar a cidade e gostar do local, como um plano de aposentadoria.

Na hora de comprar o imóvel, ele disse na imobiliária que queria uma casa sem problemas. Quando comprou, em novembro de 2021, pediu todas as documentações e não constava nenhuma dívida.

Neste ano, porém o IPTU não teria chegado na casa dele e ele procurou a Prefeitura. Segundo ele, foi feita a pesquisa, os boletos relacionados ao IPTU 2022 e ele pagou os boletos. Verificou novamente e não constavam dívidas.

Até que ele recebeu uma carta e decidiu procurar a CPI para se manifestar a respeito disso. Segundo o contribuinte, ele não sabe porque foi envolvido nessa questão. Os vereadores, membros da CPI, devem, então, convocar o ex-dono do imóvel para prestar esclarecimentos.

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