Fraude de impostos em esquema de adulteração de combustíveis chegou a R$ 538 milhões

A sonegação de impostos na importação irregular do composto químico “nafta” e na compra de ureia agrícola, por um grupo especializado em adulteração de combustíveis, além do reagente ARLA 32, foi de aproximadamente R$ 538 milhões de acordo com informações preliminares do Gaeco do Ministério Público.

Em entrevista ao programa Meio Dia, da Educadora, o promotor de Justiça do Gaeco de São Paulo, Alexandre Pereira, os produtos químicos possuem isenções por conta da finalidade. “A ureia agrícola, por ser utilizada em lavouras, tem uma série de isenções de impostos, por isso é mais barata”, explicou o promotor. “O nafta também, por ser utilizado na indústria petroquímica, também possui uma série de isenções”, completou.

Megaoperação
Uma empresa com sede em Limeira foi alvo na manhã desta quarta-feira (21) da Operação Arinna, que envolveu o Gaeco do Ministério Público, Polícia Rodoviária Federal e Receita Federal. O ARLA 32 é um composto químico utilizado para garantir mais eficiência na redução de poluentes emitidos por veículos movidos à diesel, como caminhões.

O Gaeco cumpriu 16 mandados de busca e dois mandados de prisão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Tocantins, Rondônia e Rio Grande do Sul. No território paulista, a operação foi deflagrada nas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, Cerquilho, Campinas e Limeira.

Um suspeito foi preso em Campinas. Ele seria o gerente da empresa, que tem sede em Limeira. De acordo com informações do Gaeco, um dos laranjas da empresa de fachada teria residência em Embu das Artes e uma fábrica clandestina de ARLA 32 seria localizada em São Bernardo do Campo.

Texto: Roberto Gardinalli

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