Hapvida se manifesta sobre morte do menino Théo e diz que atendimento seguiu protocolos
Em nota, unidade informou que prontuário médico foi entregue à família e que está colaborando com as autoridades competentes
O Hospital Hapvida de Limeira (SP) divulgou uma nota oficial após a morte do menino Théo Benício Vantini de Azevedo, de 2 anos, lamentando o falecimento e prestando solidariedade à família. A unidade afirmou que o atendimento prestado ao paciente seguiu os protocolos clínicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde e que o prontuário médico já foi entregue aos familiares.
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A criança faleceu no dia 1º de outubro após ter recebido alta da Hapvida com diagnóstico de Influenza A. Os pais apontam negligência por parte do hospital. O menino chegou sem vida ao Pronto Atendimento (PA) do Jardim Aeroporto, levado pela mãe em um carro de aplicativo. Os profissionais da unidade tentaram reanimá-lo, mas sem sucesso.
Na ocasião, a mãe relatou aos profissionais do PA que o filho havia passado por dois atendimentos na Hapvida, mas que a unidade privada teria se recusado a interná-lo, mesmo diante de sintomas graves, como dores no peito e dificuldade para respirar.
Segundo o hospital, o menino foi atendido no pronto-socorro conforme o quadro clínico apresentado nas duas passagens pela unidade. Durante os atendimentos, ele foi avaliado por equipe médica e assistencial, passou por exames laboratoriais, teve sinais vitais verificados e recebeu medicação.
Ainda de acordo com a nota, os parâmetros clínicos observados em ambas as ocasiões estavam dentro da normalidade, o que, segundo a instituição, possibilitou uma alta considerada segura. “A conduta adotada seguiu critérios de segurança, cuidado e fundamentação técnica”, informou o hospital.
A Hapvida também reforçou o compromisso com a ética, a responsabilidade e a qualidade na assistência prestada, afirmando que permanece à disposição das autoridades competentes e da família para prestar todos os esclarecimentos necessários. A nota encerra destacando o compromisso da instituição com a excelência, o acolhimento e o respeito aos pacientes e seus familiares.
PREFEITURA E MP
Nesta sexta-feira (17), A Prefeitura de Limeira decidiu protocolar representação ao Ministério Público Estadual (MP-SP) contra a Hapvida. A apuração da Secretaria Municipal de Saúde teve início imediatamente após a morte da criança, por se tratar de doença de notificação compulsória. A família também foi ouvida como parte do procedimento. Durante a investigação, o hospital apresentou o exame que confirmou resultado positivo para Influenza A, porém se recusou a entregar o prontuário médico do paciente.
Diante da recusa, a Diretoria de Vigilância em Saúde instaurou processo administrativo contra o Hapvida e lavrou auto de infração por dificultar a fiscalização epidemiológica. Embora a supervisão de planos de saúde seja responsabilidade da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a apuração do caso sob a ótica sanitária cabe à Secretaria Municipal de Saúde, conforme a legislação vigente.
Além das medidas administrativas, a Prefeitura de Limeira decidiu encaminhar representação ao Ministério Público por entender que o caso envolve possíveis implicações criminais e jurídicas relacionadas à saúde e à proteção de crianças e adolescentes.
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