Judite diz que confiou em ex-servidor para checar seus débitos de IPTU
A esposa do vereador e ex-secretário de Habitação, Jorge de Freitas, depôs na CPI do IPTU no fim da tarde desta sexta-feira (19)
No fim da tarde desta sexta-feira (19), foi a vez da CPI do IPTU de Limeira ouvir Judite Maria de Oliveira, esposa do vereador e ex-secretário de Habitação, Jorge de Freitas. Judite foi convocada após o imóvel em ela morou ter aparecido na lista dos 170 imóveis que teriam sido beneficiados pelo esquema de fraudes no IPTU.
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No início do depoimento, Judite disse que o imóvel em que morou era herança de sobrepartilha da filha dela. Ela explicou que o imóvel estava a venda e que, no momento de o comprador assinar as documentações necessárias, foi informada pela imobiliária de que haveria débitos em aberto no imóvel.
Segundo Judite, em resposta ao vereador Francisco Maurino dos Santos, Ceará (Republicanos), ela estava em um processo “muito corrido” em razão da venda do imóvel, precisando providenciar diversos documentos essenciais e, por esse motivo, não havia se atentado aos pagamentos.
Na sequência do depoimento, Judite disse que não havia pago o IPTU do apartamento anteriormente, pois o mesmo estava no nome da construtora e que a empresa teria dificultado em certo momento o processo de transferência da propriedade.
Ela afirmou, também, que em nenhum momento foi procurada por Samuel (Andrade de Souza), um dos envolvidos no esquema, mas que o procurou. “Samuel, eu tenho um débito aí na prefeitura, ele pediu pra eu aguardar e depois retornou a ligação. Ele disse que meu débito era de R$1459,61. Ele disse que pagaria pra mim, que resolveria. Eu dei a permissão. Eu, por iniciativa própria fiz um pix no valor de R$1.500,00 porque considerei que poderiam haver algumas outras taxas ou coisas semelhantes. Depois de pouco mais de três horas eles me enviaram um documento, que creio eu ser a certidão negativa, mas não tenho muito conhecimento sobre isso”, explicou
Judite seguiu dizendo que, em outras situações de sua vida, nunca precisou efetuar pagamentos de IPTU e outros débitos semelhantes, pois essa era uma responsabilidade de seu ex-marido.
A depoente falou sobre o contato com Samuel, falou sobre ele ter trabalhado por muitos anos na Câmara, ser alguém próximo de sua família e ressaltou que nunca foi procurada por ele para qualquer proposta que envolvesse esquemas como o do IPTU. Judite informou, também, que caso tivesse sido procurada por Samuel, denunciaria imediatamente ao seu esposo, Jorge de Freitas, e que toda essa situação tem causado muito constrangimento a ela, Jorge e toda a família.
Judite destacou ao ser questionada que não tinha contato e nem aproximação com os demais presos envolvidos no esquema. Sobre seu marido, ela disse que reuniões entre Jorge e os suspeitos só aconteceram no ano de 2020, quando estavam em processo de campanha eleitoral.
Em relação à imobiliária, Judite disse que a empresa apenas a avisou dos débitos e não tem nenhuma responsabilidade.
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