Lei que ‘socorre’ Sancetur é aprovada por vereadores de Limeira por 12 votos a 8
O aporte financeiro à Sancetur vai perdurar somente no período da pandemia, informou o governo municipal
Vereadores de Limeira aprovaram, por 12 votos a 8, projeto de lei que prevê “socorro” à Sancetur, responsável pelo transporte público da cidade.
A proposta, do Executivo, prevê repasses de até R$ 10 milhões à empresa, que alega prejuízos financeiros durante a pandemia devido à queda no número de passageiros. Entre os que votaram contrários estão Carolina Pontes (PSDB), Rafael Camargo (MDB), Marcelo Rossi (Podemos), Mayra Costa, Waguinho da Santa Luzia e Marco Xavier, os três do Cidadania, Constância Félix (PDT) e Clayton Silva (PTC).
Em pronunciamento feito na última sexta-feira (12), o prefeito de Limeira Mario Botion (PSD) informou que vai usar recursos que seriam usados para pagar uma dívida antiga com o Banco Santander para ajudar no custeio da operação do transporte coletivo. De acordo com o prefeito, o pagamento da dívida foi paralisado após um acordo feito entre Prefeitura e o banco e só será retomado em 2021. A dívida decorre de precatórios desde a época do governo de Jurandyr Paixão (já falecido) com o antigo Banespa, hoje Santander.
O projeto foi colocado em regime de urgência especial na pauta de votação, que ocorreu de forma remota, por meio da plataforma Zoom. O aporte financeiro à Sancetur vai perdurar somente no período da pandemia, informou o governo.
Durante a sessão, os secretários municipais Daniel de Campos (Assuntos Jurídicos) e Rodrigo Oliveira (Mobilidade Urbana) explicaram o projeto e esclareceram dúvidas dos vereadores. Segundo eles, a complementação por meio de subsídio emergencial ao serviço de transporte coletivo se faz necessária devido à redução de mais de 80% no número de passageiros por causa da pandemia do coronavírus.
PREJUÍZOS FINANCEIROS
A diretoria da Sancetur chegou a pedir ao governo que a tarifa passasse a R$ 12,88, o que foi vetado por Botion. “Isso não vai acontecer, fora de cogitação. Porém, como há um desequilíbrio financeiro no contrato, para não ficarmos sem transporte, a alternativa que tivemos foi realocar esses recursos da dívida do Santander”, disse. na semana passada.
Botion apresentou números da queda de passageiros, que, antes da pandemia, o sistema computava cerca de 55 mil passageiros por dia e hoje, são verificados 15 mil/dia. “São 15 mil dia após a flexibilização, antes o total chegou a 10 mil usuários por dia. E dentro destes 15 mil, são 4 mil gratuidades, o que significa que a Sancetur tem hoje cerca de 11 mil usuários pagantes e o sistema não se sustenta”, explicou.
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