Mãe de vítima de feminicídio em Limeira desabafa: ‘furtaram o túmulo da minha filha’
'Até o bilhete que a filha dela deixou pra mamãe dela ver lá do céu foi levado. É um absurdo”, relatou a mãe da jovem que foi assassinada em 2019
A mãe de Caroline Aparecida Marchetti, de 28 anos, que foi assassinada em um consultório odontológico, no Centro de Limeira (SP), no dia 30 de agosto de 2019, procurou a equipe da Educadora e desabafou: “furtaram o túmulo da minha filha”. O caso chegou a Voz do Povo, com Ivan Schutzer e Carlos Gomide.
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De acordo com Eliana Marchetti, é a segunda vez que o túmulo da família é alvo de criminosos no Cemitério Saudades I, sendo que primeiro levaram os vasos e agora furtaram a placa com o nome de sua filha.
“Até o bilhetinho que a filha dela deixou de dia das mães para ela foi roubado. É uma coisa fora do comum. Até o bilhete que a filha dela deixou pra mamãe dela ver lá do céu foi levado. É um absurdo”, relatou Eliana. Ainda segundo a mãe, dessa vez os objetos furtados foram recuperados.
A mulher revelou que o esposo foi orientado a levar a foto da filha para casa pois corria o risco do local ser furtado novamente. “É dor atrás de dor. É violação na alma da gente”, disse. Ela implora por medidas de segurança no cemitério.
O Caso
A PM foi acionada por volta das 9h da manhã do dia 30 de agosto de 2019 por outros funcionários, que ouviram um disparo do lado de fora da clínica. Quando os policiais chegaram ao local, outro estampido foi ouvido. Ao entrarem na sala, os agentes já encontram os dois mortos. O delegado Francisco Lima, responsável pelo caso, afirmou a imprensa que o crime teria sido premeditado pelo homem, que não aceitava o fim do relacionamento.
Carlos Eduardo já estaria no local aguardando a chegada da vítima no trabalho, quando entrou com ela no estabelecimento. “Trata-se de um crime passional”, afirmou o delegado. Ainda de acordo com ele, o homem havia mandado uma séries de mensagens ameaçando a jovem. Após o crime, o homem teria ainda mandando mensagens para o pai dela, afirmando que a filha estava morta, e em seguida, se suicidou.
Segundo representantes da clínica odontológica, não havia outros funcionários dentro do estabelecimento, além da vítima e uma dentista. As imagens do sistema de segurança serão analisadas pela polícia. A vítima era representante comercial e trabalhava no local há três meses.
A arma e as munições, além dos celulares do casal, foram apreendidos pela polícia.
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