Liberdade de Imprensa: pilar da democracia enfrenta desafios em todo o mundo

No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, jornalistas e entidades destacam retrocessos, violência e censura, mas reforçam o papel essencial da informação livre para sociedades justas e democráticas


Por Fernando Covre Publicado 03/05/2025
Liberdade de Imprensa pilar da democracia enfrenta desafios em todo o mundo
Foto: reprodução Pexels

Neste 3 de maio, o mundo celebra o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, data instituída pela ONU em 1993 para lembrar a importância do jornalismo livre, plural e independente como base para a democracia e os direitos humanos. Em 2025, no entanto, o cenário é de alerta: violações à liberdade de imprensa têm crescido em diversas partes do planeta, com jornalistas sendo silenciados por meio de censura, intimidação, prisões arbitrárias e, em casos extremos, assassinatos.

Relatório divulgado nesta semana pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF) mostra que a situação da liberdade de imprensa piorou em mais da metade dos países analisados. O Brasil, por exemplo, caiu posições no ranking global, com casos de violência contra jornalistas e tentativas de deslegitimar a imprensa sendo registrados com frequência.

“Sem liberdade de imprensa, não há transparência, e sem transparência, não há democracia”, afirma a jornalista e pesquisadora Ana Clara Monteiro. Ela destaca que o combate à desinformação e a defesa da liberdade de expressão precisam caminhar juntos: “Calar a imprensa sob o pretexto de combater fake news é um risco perigoso que muitos governos vêm assumindo”.

O tema escolhido pela UNESCO para a data em 2025 é “Imprensa sob Cerco: Segurança, Sustentabilidade e Independência”, com foco na proteção de jornalistas, no financiamento de veículos independentes e na luta contra a concentração midiática.

Para os profissionais da comunicação, a data é mais do que uma celebração — é um lembrete da missão de informar com ética, mesmo sob risco. “O jornalismo continua sendo um ato de coragem em muitos lugares do mundo”, diz João Costa, repórter investigativo há mais de 20 anos.

Neste 3 de maio, o recado é claro: defender a liberdade de imprensa é defender o direito de toda a sociedade à informação. Uma imprensa livre é mais do que um direito — é uma necessidade.

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