Mãe devolve gêmeos adotados após engravidar: “Não conseguia amá-los”
Ali Sanders escreveu uma carta para as crianças, na qual diz que não é culpa deles e que sente muito pela devolução
“Eu já tinha visto muitas amigas sofrerem com tratamentos para engravidar e eu não queria isso para mim”, disse Ali em entrevista ao jornal britânico Daily Mail.
Após passar por diversas burocracias que envolvem a adoção, o casal conseguiu a nomeação como pais dos meninos gêmeos, que tinham menos de oito meses na época.
O casal então visitou os pequenos no orfanato em que estavam. “Eles eram tão gordinhos e tinham grandes olhos castanhos! Eram maravilhosos”, contou Ali. Apesar da fofura das crianças, ela diz que enquanto o marido se conectou de imediato com as crianças, ela não conseguiu sentir nada.
“O Michael, meus pais e os meus sogros se encantaram por eles imediatamente. Mas eu sentia como se aquilo não fosse real. Eu sentia como se eu estivesse fingindo ser mãe”, contou a mãe adotiva.
A mulher foi ao médico por não conseguir sentir nada pelas crianças. Durante a consulta, foi solicitado um exame de urina, que revelou a realização de um sonho de Ali: ela estava grávida. “Eu fiquei chocada! Todos os médicos antes haviam dito que era impossível eu engravidar naturalmente! Voltei para casa e mandei meu marido comprar o teste de gravidez mais caro que tinha! Fiz novamente e deu positivo de novo!”.
A descoberta aconteceu um dia antes da oficialização da adoção dos meninos. “Inicialmente eu e meu marido ficamos em silêncio. Mas em determinado momento ele virou para mim e perguntou: ‘Nós temos que decidir isso. Você quer seguir com a adoção ou não?’. E eu respondi que não.”
Apesar de não amar as crianças, no dia em que a assistente social foi buscá-los, Ali chorou, porque “os amava”. O caso ocorreu no ano de 2014, mas ela garante que até hoje não se perdoou: “Eu abandonei crianças que já haviam sido abandonadas”.
A mulher também levou tempo para amar o filho biológico, Jacob, que já tem 3 anos. Ela ainda conseguiu engravidar de uma menina.
Ali não pode ter mais contato com as crianças devolvidas, mas escreveu uma carta que será entregue para eles quando crescerem e descobrirem que foram rejeitados por uma família. “Na carta eu disse apenas que não era culpa deles e que eu sentia muito por tê-los devolvido”, concluiu a mulher.
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