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Mundo registra maior média móvel de mortes por covid dos últimos 4 meses

A cifra é a maior desde 24 de setembro, quando a média móvel de mortes foi de 8.358, de acordo com dados reunidos pela plataforma Our World in Data, da Universidade Oxford


Por Folhapress Publicado 25/01/2022
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Foto: Patricia Borges/Código 19/Folhapress

Com os casos de coronavírus em alta em diferentes países, entre eles o Brasil, e sistemas de saúde novamente saturados, o mundo registrou nesta segunda-feira (24) a maior média móvel de mortes em decorrência da covid dos últimos quatro meses. Foram 8.209 óbitos, considerando-se o cálculo que revela a média dos sete dias anteriores.

A cifra é a maior desde 24 de setembro, quando a média móvel de mortes foi de 8.358, de acordo com dados reunidos pela plataforma Our World in Data, da Universidade Oxford. O recorde global de óbitos desde o início da crise sanitária foi registrado há um ano, em 26 de janeiro de 2021, quando a média diária ficou em 14.704. A situação difere de acordo com a região analisada. A América do Norte, por exemplo, é a atual líder na média móvel por milhão de habitantes, tendo registrado 4,1 no último domingo (23). Na sequência, estão Europa (3,9), América do Sul (2), África (0,26) e Ásia (0,27). No mundo, a média diária de mortes por milhão de pessoas está em 1.

Os números de mortes puderam ser contidos nos últimos meses em razão do avanço das campanhas de vacinação, ainda que a transmissão da variante ômicron do coronavírus tenha levado à explosão de infecções. As médias diárias de novos casos da doença apresentam recordes consecutivos desde dezembro. A média móvel de novas infecções globais nesta segunda foi de 3,41 milhões, cifra cinco vezes superior às médias de 500 mil novos casos que vinham sendo registradas ao longo do mês de novembro, por exemplo, quando a transmissão comunitária da ômicron ainda não havia chegado à maioria dos países.

O cenário tem levado autoridades nacionais a reintroduzirem medidas sanitárias, como o uso obrigatório de máscaras e o distanciamento social, ou mesmo implementarem novas regras, como a obrigatoriedade da imunização. A necessidade de campanhas robustas de doses de reforço também ganha tração em diferentes locais. Em Israel, um painel consultivo do governo recomendou nesta terça (25) que a quarta dose da vacina contra a Covid seja oferecida a todos os adultos, desde que a terceira dose tenha sido aplicada há pelo menos cinco meses. A dose já é oferecida para maiores de 60 anos e profissionais de saúde, e a medida, caso aprovada pelo governo, deverá ampliar significativamente a elegibilidade do imunizante.

Com 2,4 milhões de casos e 8.500 mortes somadas desde o início da crise sanitária, Israel tem 65% da população com as duas doses iniciais da vacina, cifra superior à média global, atualmente em torno de 52%, de acordo com os dados do Our World in Data. A reintrodução das medidas também gerou crises em alguns países, como o Reino Unido, onde o premiê Boris Johnson, cujo governo é investigado por ter realizado festas durante períodos de lockdown, também sofreu oposição ao retomar restrições. Com 15,9 milhões de casos de Covid e 154 mil mortes, o país é um dos mais afetados pela ômicron.

Além de hospitais desfalcados devido a altas cifras de profissionais infectados, autoridades britânicas começam a observar os impactos no sistema de educação. Os últimos números de frequência do Departamento de Educação mostram que mais de 5% dos alunos de escolas estaduais na Inglaterra estavam ausentes por motivos relacionados à Covid, o que representa 374 mil estudantes. Os números estimam ainda que 9% dos professores estavam de folga, sendo metade devido à doença, segundo informações publicadas pelo jornal britânico The Guardian nesta terça.

Aproximadamente 52% da população mundial já recebeu as duas doses da vacina contra a Covid, taxa superada pela maioria das regiões: América do Sul (66,6%), Europa (62,8%), Ásia (60,2%) e América do Norte (59,8%). Na África, porém, a imunização avança a passos lentos. Somente 10,4% da população africana está com esquema vacinal completo, mostra o monitoramento da Universidade Oxford.

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