Justiça manda autor de feminicídio a júri popular em Limeira
O crime de homicídio da mulher terá quatro qualificadoras: feminicídio, motivo fútil, uso de meio cruel e sem chance de defesa da vítima
O juiz Rogério Danna Chaib, titular da 1ª Vara Criminal de Limeira, determinou que o S.S.F. vá a júri popular, responder as acusações impostas a ele pela morte da esposa Angeliandra Antônia Alves Ferreira, morta aos 36 anos, no dia 19 de setembro de 2023. O acusado a esfaqueou, depois de uma briga do casal, no apartamento deles em um condomínio, localizado na Avenida Pedro Perissotto, no Jardim Campo Verde. O crime de homicídio da mulher terá quatro qualificadoras: feminicídio, motivo fútil, uso de meio cruel e sem chance de defesa da vítima.
O acusado também deve responder pela tentativa de homicídio dos dois filhos do casal, um menino de 11 e, uma menina, de 3 anos, na época do crime. A promotora Débora Bertolini pediu para que, no caso das crianças, o crime seja triplamente qualificado: por motivo fútil, emprego que resultou perigo comum e sem chance de defesa, para cada criança.
A briga começou depois de a mulher ir à igreja e, por isso, não atender às insistentes chamadas que ele fazia ao celular dela. O casal já havia tido uma discussão anterior e a vítima pediu para que o autor saísse de casa. Após a volta da mulher ao apartamento, ele teve uma crise de ciúmes, que culminou na briga. A faca usada no crime era da cozinha da casa. Ainda de acordo com a promotora, após matar a mulher, o acusado tentou atentar contra a própria vida com uma faca e pular a janela do apartamento, o que foi impedido pelo filho mais velho.
A PM foi chamada ao local depois de vizinhos ouvirem o pedido de socorro. A mulher foi encontrada ferida e morreu logo após ser socorrida e, o homem, foi localizado ferido no hall de entrada do bloco de apartamentos. Após matar a mulher na frente dos filhos, S. cortou a mangueira de fornecimento de gás do apartamento. Como o cheiro de gás estava forte no local, os moradores precisaram evacuar o bloco até a chegada do Corpo de Bombeiros. S. foi socorrido, permaneceu internado por algumas horas, mas recebeu alta médica. Neste período, o delegado Rodrigo Rodrigues já tinha determinado sua prisão em flagrante. Desde o dia do crime, S. está preso de forma preventiva.
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