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Briga acaba em tiros em condomínio da zona sul de SP

Bate-boca por causa da venda de um carro terminou em tiros em um prédio de classe média alta


Por Folhapress Publicado 25/06/2019
Foto: Divulgação/SSP

Uma bate-boca por causa da venda de um carro terminou em tiros em um prédio de classe média alta na Vila Clementino, na zona sul de São Paulo, na tarde desta segunda-feira, 24. Dois policiais militares ficaram feridos após um dos homens disparar com arma de fogo da sacada do apartamento onde estava. Durante a tarde e a noite, os agentes de segurança realizaram buscas no edifício e também no bairro, mas o suspeito não havia sido localizado até as 23 horas.

Conforme a PM, dois homens brigaram por causa da compra de um automóvel, que teria apresentado defeito no motor. Um deles chamou a Polícia Militar, que foi até o Edifício Parque dos Jequitibás, na Rua Estado de Israel, perto do Parque do Ibirapuera.

Enquanto os PMs estavam no térreo do prédio, um dos homens – identificado pela polícia apenas como Renato e morador do condomínio – disparou contra um grupo de pessoas, ferindo dois policiais. Os PMs foram levados ao Hospital São Paulo, também na zona sul paulistana. Eles passam bem e não correm risco de morte

Os disparos ocorreram por volta das 14h30. A aposentada Rafaela Ciasco, de 66 anos, estava com os netos em casa quando um dos garotos ouviu os disparos. “Ele disse ‘é tiro, vó’, e ficamos trancados no apartamento”, contou ela, moradora do segundo andar do prédio, o mesmo em que vive o atirador.

Rafaela contou que conhece os pais do atirador, que vivem há vários anos no local. “Eu moro há nove anos. Quando me mudei, já estavam aqui”, disse a aposentada.

De acordo com o coronel Márcio Necho da Silva, comandante do 3º Batalhão da PM, Renato não trabalhava e já havia apresentado problemas familiares por causa de agressividade. Ele frequentava um clube de tiro e, por isso, tinha uma pistola calibre 380.

Depois do tiroteio, os PMs acreditavam que Renato estava no apartamento de sua família. Quando estouraram a porta, no entanto, não o encontraram. Os agentes também vasculharam os imóveis vizinhos, sem encontrar o suspeito.

Segundo a polícia, o prédio tem vários pontos cegos por onde o rapaz possa ter fugido. Após várias horas de buscas, a PM autorizou os moradores a voltarem para o edifício enquanto usava um cão farejador para identificar rastros de Renato. Os agentes também fizeram uma varredura no bairro em busca do fugitivo.

Ainda de acordo com a polícia, o pai do atirador foi localizado pelos agentes de segurança e se ofereceu para ajudar nas negociação com Renato.

Tensão

Após a confusão e em meio à caçada ao atirador, os vizinhos ainda tinham receio de retornar a seus apartamentos no início da noite desta segunda.

“Eu perguntei aos policiais se era seguro (voltar para casa) e eles disseram que sim”, contou a instrumentadora cirúrgica Roseane dos Santos Garcia Kfuri, moradora.

“Eu tinha saído de casa por volta do meio-dia”, contou ela, que afirmou se sentir segura por causa da grande quantidade de policiais espalhados pelo edifício. “Se vou conseguir dormir à noite, é outra história”, afirmou Roseane. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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