Confissão gravada revela abusos de coronel da PM contra filha, em Limeira
Luiz Enrique de Souza Ikeda, hoje réu por estupro de vulnerável, admitiu os crimes em áudio registrado pela própria vítima quando ela tinha 16 anos

Uma gravação feita pela própria vítima foi o ponto de virada no caso que levou o coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo, Luiz Enrique de Souza Ikeda, de 54 anos, ao banco dos réus. Um áudio registra o momento em que o ex-oficial admite ter abusado sexualmente da filha adotiva quando ela tinha apenas 10 anos.
Os crimes ocorreram em 2011, na cidade de Limeira (SP). Seis anos depois, já com 16 anos, a jovem reuniu coragem e gravou uma conversa com Ikeda, em que o confronta. Durante o diálogo, ele admite os abusos e tenta justificar suas ações com falas que culpam a própria criança — o que agravou ainda mais a gravidade da situação.
A gravação chegou à Delegacia de Defesa da Mulher de Limeira em 2020, dando início a uma investigação que culminou, em janeiro de 2025, com a denúncia formal do Ministério Público de São Paulo. A Justiça aceitou a denúncia no mês seguinte, e Ikeda passou a responder como réu por estupro de vulnerável. O processo corre em segredo de Justiça, como prevê a lei nesses casos.
A repercussão do caso causou indignação, especialmente pelo fato de o acusado ter sido uma figura de liderança dentro da corporação policial. Até o momento, a Polícia Militar de São Paulo não se manifestou sobre a denúncia ou sobre a situação funcional do coronel aposentado.
A vítima, agora adulta, busca justiça após anos de silêncio e trauma. O caso reacende o alerta sobre a importância de ouvir e proteger crianças e adolescentes — e reforça o papel essencial da denúncia.
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