Corpos de família morta em tragédia serão sepultados neste sábado em Limeira; avô foi o primeiro a ver a cena

Os corpos de Rafael Horta, 40 anos, Cristiane Laurito, 37 anos, e do pequeno Théo, de apenas 2 meses, serão sepultados neste sábado (7), em Limeira (SP).

Eles foram vítimas da tragédia que abalou a cidade nesta sexta-feira (6) após Cristiane e Théo serem mortos no condomínio Rolland I, pelo advogado Rafael Horta, esposo da mulher e pai da criança. Horta tirou a própria vida após o crime.

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O velório da família acontecerá no Monumental Bom Pastor, a partir das 13h, e o sepultamento está marcado para as 16h30 no Cemitério Saudade II, em Limeira.

A tragédia familiar chocou os moradores da cidade. O que chamou a atenção no caso foi que avô de Théo e pai de Rafael, ao buscar o neto para uma consulta médica, por volta das 11h, encontrou os três mortos no quarto, deitados na cama.

O avô estranhou a falta de resposta da família e entrou na casa. Mais cedo, por volta das 7h, uma faxineira havia ido até o local para limpar a casa e viu que a porta do quarto estava fechada. Como era orientação não entrar, ela apenas fez o serviço no restante do imóvel.

A polícia localizou um bilhete deixado pela faxineira, dizendo que havia feito o trabalho e que apenas o quarto teria ficado sem limpar, dizendo até que eles poderiam descontar do pagamento dela.

O delegado João Vasconcelos, responsável pelo caso, afirmou que as vítimas foram mortas com disparos de arma de fogo, provavelmente antes das 7h. Uma arma, três carregadores e 12 munições foram localizados ao lado da cama onde estavam os corpos. A arma pertencia a Rafael.

Foram identificados três disparos contra Cristiane, um contra o bebê e um disparo em Rafael. Todas as vítimas apresentavam disparos na região da cabeça. As mortes, segundo a polícia, podem ter acontecido quando a mulher e a criança estavam dormindo.

O advogado, que atuava como procurador jurídico na Prefeitura de Limeira, havia sido afastado do trabalho há cerca de 30 dias por recomendação psiquiátrica, já que estava em tratamento contra depressão, segundo relatou o pai dele à polícia.

O caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) como feminicídio e homicídio. A perícia foi acionada e a Polícia Civil continua investigando as circunstâncias do crime.

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