Curso Superior de Polícia forma 54 agentes civis e militares para o mais alto posto da carreira
Formação é obrigatória para conquistar o cargo de coronel e de delegado especial

O sonho do major Milton Morassi, que trabalha atualmente no Comando Geral da Polícia Militar, é se tornar coronel da PM, a mais alta patente da instituição. Na sexta-feira (11), o policial deu um importante passo para essa conquista. Ele e mais 53 formandos concluíram o Curso Superior de Polícia Integrado (CSPI), um requisito obrigatório para ocupar os mais altos cargos nos comandos e chefias das polícias Civil e Militar.
O evento de encerramento do curso foi realizado no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Além da formação, o major foi o primeiro colocado da turma de militares, com uma média final de 9,999 entre todas as disciplinas cursadas. Por isso, recebeu a medalha Pedro Dias de Campos em reconhecimento ao seu desempenho intelectual.
O segundo lugar ficou com a major Ana Célia Xavier e a terceira colocação com o major Fernando de Morães. Eles também foram homenageados com entregas de placas e diplomas pelas autoridades presentes. Entre elas, estava o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, que foi escolhido para ser o paraninfo da turma.
“Nossas forças policiais são referência para todo o país. Fico feliz de ver os familiares comemorando mais essa conquista de vocês. Quero agradecer os formandos e, principalmente, a família de cada um dos senhores, pois sem ela não teriam a força necessária para chegar até aqui”, disse o chefe da pasta.
O curso da PM destinado a majores e tenentes-coronéis formou 25 alunos, sendo 23 policiais de São Paulo (20 majores e três tenentes-coronéis) e dois da PM do Estado do Amazonas (um coronel e um tenente-coronel).
“Nos últimos anos avançamos na questão da segurança pública com aumento de inteligência e investimento para as polícias. Mas o principal para gente ter sucesso no combate ao crime organizado é o que estamos vendo hoje, é a formação continuada, capacitando profissionais que exerçam funções de liderança que será decisivo para obtermos êxito nas operações”, disse o governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Delegados especiais
A família de João Francisco Dias estava presente na cerimônia. A mulher e as duas filhas, de 2 e 21 anos, prestigiaram o formando, que foi o primeiro colocado da turma de policiais civis. Na Polícia Civil, o curso é voltado para delegados de 1ª classe que buscam a promoção ao cargo de delegado de classe especial — o posto mais alto da instituição.
A partir de hoje, 29 formandos passam a estar aptos a exercer funções como diretor de departamento ou diretor de divisões. Mas a tarefa de Francisco não foi fácil. Morador de Sorocaba, o delegado teve que lidar com uma rotina difícil.
“Quando comecei a estudar para o CSPI, minha filha tinha acabado de nascer. Então eu tive que dividir a atenção com ela, com a esposa e com os estudos. Sem contar que o curso era realizado na capital e eu tinha que viajar todos os dias”, conta o delegado.
“Hoje posso dizer que tudo valeu a pena porque me formei e passei em primeiro lugar, um mérito pessoal enorme e um orgulho para a minha filha mais velha que cursa direito. Que isso tenha servido de inspiração para ela seguir a carreira dela”, finaliza. Francisco trabalha atualmente no Departamento de Administração e Planejamento (DAP) da Polícia Civil.
Além de Francisco, que tirou nota final de 99,50, a delegada Alexandre Agostini e o delegado Marcelo Fehr, ficaram em segundo e terceiro lugar no CSPI, respectivamente, também sendo homenageados.
Todos os 54 formandos estudaram por cerca de seis meses disciplinas humanas, administrativas, jurídicas e policiais. Com a conclusão do curso, eles se tornaram doutores em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública.
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