Delegado libera corpo de Cebola e família poderá fazer sepultamento
O caso é tratado pela polícia como passional e o autor do crime, que segue foragido, teria agido por ciúmes
Mais um capítulo do caso Cebola: o delegado Leonardo Monteiro Luiz, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), liberou na tarde desta quinta-feira (7) o corpo de do técnico de refrigeração Tiago Alessandro Camillo, de 40 anos, encontrado no porta-malas e carbonizado no último sábado (2), no Jardim lagoa Nova, em Limeira.
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Dessa forma, a família da vítima poderá realizar o sepultamento de Cebola, como ele era chamado por amigos. O velório de Cebola ocorre a partir das 13h, no velório Municipal, com o sepultamento marcado, inicialmente, para às 15h.
O repórter da Educadora, Carlos Gomide, esteve na DIG e falou com o delegado. O titular explicou que decidiu liberar o corpo à família mesmo sem o exame de DNA uma vez que as provas de que se trata realmente de Cebola são robustas: ele estava desaparecido, o carro e os celulares na cena do crime são dele, a família reconheceu restos de roupas que não foram queimados e há uma testemunha ocular do assassinato.
Também nesta quinta, foi presa a mulher de 31 anos que seria testemunha do crime. Na madrugada de quarta-feira (6), ela havia sido detida e posteriormente liberada. O caso é tratado pela polícia como passional e o autor do crime, que segue foragido, é companheiro da mulher, que teria agido por ciúmes. Antes de ser carbonizado dentro do seu próprio carro, Cebola levou um tiro no peito.
ENTENDA O CASO
A mulher confirmou em depoimento que foi testemunha do assassinato, ocorrido dentro de um bar na região do Ernesto Kuhl. O estabelecimento é do autor, que segue foragido. No seu relato, feito à Polícia Militar (PM), a mulher disse que, pouco antes do crime, discutiu com o autor, que a acusou de estar lhe traindo com Cebola. Diante da negativa da mulher, o acusado resolveu mandar mensagem para Cebola do celular da mulher.
Achando que ia se encontrar com ela, a vítima foi ao bar e foi trancado no estabelecimento, assim que entrou. O autor tentou tirar satisfação com a vítima, que, assim como a mulher, também negou o relacionamento amoroso. No meio da conversa, o comerciante sacou de um revólver calibre 38 e atirou no peito de Cebola. Depois disso, saiu com o carro dela, levando consigo o filho da mulher. O destino era um posto de combustível da região para comprar etanol.
Na volta, entra na história, o segundo detido. Ele passava na rua e viu o corpo de Cebola caído dentro do estabelecimento. O autor teria oferecido R$50 para que ele o ajudasse a colocar o corpo no porta-malas do carro e não contasse o que viu. A proposta foi aceita e ambos colocaram a vítima no porta malas do próprio veículo, que foi guardado dentro de uma garagem, ao lado do bar.
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