Fábricas clandestinas de armas são fechadas em Americana e Santa Bárbara d’Oeste
Dois homens foram presos; fuzis produzidos seriam destinados a facções de São Paulo e Rio de Janeiro
Uma operação integrada do 10º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) e da Polícia Federal de Campinas (SP) resultou no fechamento de fábricas clandestinas de armas de fogo em Americana (SP) e Santa Bárbara d’Oeste (SP). A ação, realizada na tarde desta quarta-feira (20), terminou com a prisão de dois homens, de 33 e 38 anos, suspeitos de comandar a produção de fuzis destinados a organizações criminosas.
As investigações apontam que o armamento abasteceria principalmente facções atuantes em São Paulo e no Rio de Janeiro. O caso começou a ser desvendado após informações de inteligência indicarem movimentações suspeitas no bairro Parque Novo Mundo, em Americana. Por volta das 17h30, policiais acompanharam dois homens deixando um imóvel na Rua Ibitinga, esquina com a Rua Campinas, enquanto carregavam caixas em um Renault Kwid e em uma Volkswagen Parati.
Na abordagem, os agentes localizaram peças conhecidas como “caixa da culatra”, essenciais para a montagem de fuzis. Questionados, os suspeitos confessaram que atuavam em uma fábrica de armas e que transportavam o material para receber acabamento de pintura.
Dentro do imóvel, os policiais encontraram 40 fuzis semelhantes ao modelo AR-15 da marca Colt — alguns prontos para uso e outros em fase de montagem — além de componentes para fabricação, dois silenciadores e sete munições de calibre 5.56. Os presos disseram que as armas eram vendidas para diferentes facções em todo o país, com grande parte das entregas direcionada ao Rio de Janeiro.
A dupla ainda indicou outro endereço, em Santa Bárbara d’Oeste, onde estavam maquinários, ferramentas e moldes usados no processo de fabricação. Peritos da Polícia Federal realizaram análises nos locais, e os envolvidos foram encaminhados à Delegacia da PF em Campinas. O flagrante foi registrado com base no artigo 17 do Estatuto do Desarmamento, que trata do comércio ilegal de armas. Ambos seguem à disposição da Justiça.
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