Gaeco deflagra operação contra corrupção e parcelamento ilegal de solo em Limeira e Engenheiro Coelho
Foram identificadas empresas que teriam ligação com os empreendimentos imobiliários e que poderiam estar envolvidas em irregularidades
Foi deflagrada nesta sexta-feira (16) uma operação pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) nas cidades de Engenheiro Coelho (SP) e Limeira (SP) que visa combater a prática, em tese, de crimes de corrupção ativa e corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidades e promoção de organização criminosa relacionados a parcelamento de solo urbano e construção de condomínios fechados.
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Foram identificadas empresas que teriam ligação com os empreendimentos imobiliários e que poderiam estar envolvidas nas irregularidades, que seriam praticadas, em tese, por funcionários públicos, empresários e outras pessoas.
Segundo relatado, teria havido solicitação de vantagem indevida por parte de funcionários públicos para que os loteamentos fossem realizados e não sofressem com empecilhos impostos pela municipalidade. As vantagens teriam sido pagas por meio da entrega de terrenos nos próprios empreendimentos imobiliários, estabelecimento de contratos entre os envolvidos, além de outras possíveis formas de vantagem.
No início das investigações foi determinada a realização de diligências e elaborado relatório técnico que apresentou elementos mais abrangentes em relação aos empreendimentos imobiliários, pessoas físicas e jurídicas indicadas. Novas diligências foram feitas e outros relatórios foram produzidos na sequência. Após, aprofundando as investigações, mostrou-se necessária a intervenção judicial para obtenção de outras provas, em especial, a quebra de sigilo telemático.
Com o recebimento das informações telemáticas, confeccionou-se novo relatório. Com base em todos os relatórios confeccionados, todas as informações e elementos constantes dos autos, foi possível deflagrar a operação para cumprimento de 15 (quinze) mandados judiciais de busca e apreensão, relacionados a 9 (nove) pessoas físicas e 8 (oito) pessoas jurídicas, sendo que algumas pessoas jurídicas estavam sediadas no mesmo endereço.
O cumprimento dos mandados teve a atuação de 12 (doze) promotores de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo, bem como de 16 (dezesseis) viaturas e 48 (quarenta e oito) policiais do 10º BAEP – Piracicaba, da Polícia Militar.
As investigações continuarão, sendo dada oportunidade para que os investigados se manifestem sobre os fatos por meio direto e de seus advogados. Ao final, será analisada eventual possibilidade de oferecimento de denúncia ou adoção de outras medidas adequadas.
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