Justiça condena homem que matou Tigrinho a quase 5 anos de reclusão
Julgamento aconteceu nesta quarta-feira; defesa pode recorrer ao TJSP
Nesta quarta-feira (2), a Justiça de Limeira (SP) julgou Naelson Bispo dos Santos, réu acusado de matar a facadas o cão Tigrinho. O crime ocorreu em 17 de agosto e gerou repercussão na região.
O promotor de Defesa do Meio Ambiente, Luiz Alberto Segalla Bevilacqua, apresentou a denúncia na 2ª Vara Criminal, apontando agravantes devido ao fato de se tratar de um animal doméstico e ao uso de métodos cruéis.
A denúncia revelou que Tigrinho era um cão manso, sem tutor, cuidado por moradores do Residencial Village. No dia do ocorrido, o filho do réu se aproximou do animal e foi atacado, sofrendo lesões leves, de acordo com laudo clínico.
Após o ataque, Naelson retornou ao local com uma faca e desferiu golpes contra Tigrinho, que morreu em decorrência dos ferimentos. A defesa solicitou a absolvição do réu ou, alternativamente, uma pena mais branda.
Em depoimento, Naelson afirmou que ficou “muito nervoso’ ao ver o filho mordido e cometeu o ato que considerou “horrível”.
O juiz Guilherme Lopes Alves Lamas, ao analisar o caso, destacou que, diante da confissão do réu, não havia justificativa legal para o ato, uma vez que não se aplicava a legítima defesa.
O magistrado também observou que o réu teve tempo para avaliar a situação, pois até mesmo cortou um pedaço de carne antes de se aproximar do cão.
O juiz julgou a ação procedente e condenou Naelson Bispo dos Santos a 4 anos, 9 meses e 18 dias de reclusão em regime fechado, bem como ao pagamento de 24 dias-multa, no patamar mínimo.
A defesa ainda pode recorrer da decisão no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
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